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#Bahia: Ex-secretário do governo do Estado é um dos alvos de operação da PF sobre compra de respiradores

Além de Bruno Dauster, o governador Rui Costa é investigado | FOTO: Reprodução |

O ex-secretário da Casa Civil do governador Rui Costa (PT), Bruno Dauster, é um dos alvos do mandado de busca e apreensão da operação Cianose, deflagrada pela Polícia Federal (PF) na manhã desta terça-feira (26), para investigar a contratação da empresa Hempcare pelo Consórcio Nordeste, para fornecimento de ventiladores pulmonares durante o pico inicial da pandemia de Covid-19 no Brasil.

São cumpridos 14 mandados de busca e apreensão no ‘Corredor da Vitória’, bairro de Salvador, no Distrito Federal, e nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça e as buscas contam com apoio da Controladoria Geral da União. O governador Rui Costa é um dos investigados, mas não é alvo de mandados na ação desta terça.

Por meio de nota, o ex-secretário Bruno Dauster considerou a ação “extemporânea e desnecessária”. Ele disse que já prestou dois depoimentos, um para a Polícia Civil e outro para a Polícia Federal e diz que sempre se colocou à disposição para auxiliar no esclarecimento dos fatos.

Outro alvo da operação é o consultor Cleber Isaac. Após a operação ser deflagrada, ele se apresentou na sede da Polícia Federal, em Ilhéus, no sul da Bahia. O advogado de Cleber disse que seu cliente comprovará “o seu empenho para solução dessa entrega dos respiradores, mesmo não tendo gerência ou qualquer participação na empresa HempCare”.

O empresário Carlos Kerbes também é alvo da operação. Em novembro do ano passado, em depoimento à CPI da Covid, do Rio Grande do Norte, Kerbes, que tem empresa de consultoria financeira, confirmou relação com a empresa Hempcare durante a pandemia.

Através de nota, o Consórcio Nordeste diz “foi vítima de fraude por parte de empresários que receberam o pagamento e não entregaram os aparelhos”. O Consórcio diz ainda que foi o responsável pela denúncia e que segue aguardando a apuração do crime, o julgamento e a punição dos responsáveis, além da devolução do dinheiro aos cofres dos respectivos estados.

O Consórcio Nordeste foi formado pelos nove estados da região, em 2019. parte da pandemia, o consórcio foi responsável por compras conjuntas de alguns equipamentos de combate à Covid-19 para estados.

A entidade foi responsável por viabilizar a compra de respiradores para pacientes internados ainda em março de 2020. No entanto, os anúncios de compra dos equipamentos foram seguidos de problemas, e os respiradores nunca chegaram.

Segundo informações da PF, o processo de aquisição teve diversas irregularidades, como pagamento antecipado de seu valor integral, sem que houvesse no contrato garantia contra eventual inadimplência por parte da contratada. Ao fim, nenhum respirador foi entregue.

A Polícia Federal ainda informou que os investigados podem responder pelos crimes de estelionato em detrimento de entidade pública, dispensa de licitação sem observância das formalidades legais e lavagem de dinheiro. Jornal da Chapada com informações de texto base do G1.

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