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#Bahia: Podcast que reconta histórias antigas do candomblé baiano irá ser lançado nesta sexta-feira

Jazz da Silva, Vovó Cici, Lucas Brasil e Rogério Felix | FOTO: Divulgação |

O podcast ‘Terreiros da Memória’, que reconta histórias do candomblé baiano e de alguns locais de cultos afro-brasileiros que foram extintos ou invisibilizados, será lançado na sexta-feira (29) pelo selo Irmandade Abre Caminhos, produtora formada por jovens candomblecistas baianos. O podcast, que conta com seis episódios, estará disponível para os ouvintes na plataforma de streaming Spotify e no canal do YouTube da Abre Caminhos.

O primeiro episódio irá contextualizar os ouvintes sobre a ideia de trazer as histórias desses locais e a importância da tradição oral. Já os outros cinco episódios são, respectivamente, sobre o candomblé ijexá Terreiro Língua de Vaca de Júlia Bugan, hoje espaço tomado pelo atual Departamento de Polícia Técnica (DPT); Terreiro de Pai Procópio de Ogunjá; o culto de Babá Egunokô que se situava na atual avenida Bonocô; o Terreiro de Luís da Muriçoca e o Terreiro de nação Angola Tumba do Mar, que existia na periferia de Alagados, localizada na Cidade Baixa.

Segundo o co-idealizador e roteirista do projeto, Luzas Brasil, há uma razão para a escolha do formato em podcast. “Não é só um mero detalhe, mas traz uma reflexão sobre o ato de oralizar e da potência da voz como veículo de memória permeada de axé, a força vital que, para nós do candomblé, tem o poder de fazer as coisas acontecerem”, explica.

O conteúdo faz parte de uma pesquisa em processo que já vem sendo desenvolvida pela Irmandade Abre Caminhos desde o primeiro trabalho lançado, “Egbé Alaketu: redes ancestrais, forças atuais”, documentário que conta com os depoimentos de lideranças religiosas de quatro terreiros tradicionais da nação Ketu de Salvador como Ekede Sinha da Casa Branca e Egbomi Márcia Paim do Ilê Axé Maroketu. No trabalho mais recente, o grupo seguiu algumas vozes como a de Nancy de Souza, mais conhecida como Vovó Cici de Oxalá, contadora de histórias e egbomi do Ilê Axé Opô Aganju, que narra as memórias de alguns dos locais pesquisados.

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