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#Brasil: Dono dos 78 kg de ouro apreendidos já teve reuniões com Mourão, Heleno, Onyx e Salles

Mourão em reunião com deputados e Dirceu Frederico Sobrinho, o do ouro (ao meio, olhando para um caderno na mesa) | FOTO: Palácio do Planalto |

O empresário Dirceu Frederico Sobrinho (PSDB), dono da carga de 78 kg de ouro apreendida pela Polícia Federal (PF) em Sorocaba (SP) na quarta-feira (4), tem proximidade com o governo Bolsonaro. Ele já esteve reunido em diferentes ocasiões com membros do mais alto escalão da administração federal.

Já manteve reunião, por exemplo, com o vice-presidente Hamilton Mourão e com o ministro da Casa Civil Onyx Lorenzoni. Também já frequentou Brasília para se reunir com o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), provável candidato a vice-presidente na tentativa de reeleição de Jair Bolsonaro (PL), general Augusto Heleno. Isso sem falar em encontros do empresário tucano com o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles.

Ouro apreendido
Os 78 kg de ouro chegaram a São Paulo num avião particular na quarta-feira (4), proveniente do Pará e do Mato Grosso, e estava sendo escoltado por policiais militares paulistas, sendo que dois deles são lotados na Casa Militar do Palácio dos Bandeirantes, a unidade responsável pela segurança pessoal do governador Rodrigo Garcia (PSDB), que herdou o cargo de João Doria (PSDB), pré-candidato a presidente.

O lote de barras douradas, avaliado em R$ 23 milhões, pertence à empresa FD Gold, de propriedade do empresário Dirceu Frederico Sobrinho, que disputou pelo PSDB a vaga de suplente do senador Flecha Ribeiro (PA), do mesmo partido, na eleição de 2018. O Partido da Social Democracia Brasileira é a sigla do atual chefe do Executivo paulista e de seu antecessor, com quem os policiais da escolta trabalharam como guarda-costas.

Segundo o diário Folha de S.Paulo, fontes do governo paulista teriam dito que os envolvidos confirmaram que faziam a escolta do ouro e que estavam prestando um serviço para a FD Gold. O tenente-coronel Ricardo Tasso, um dos seguranças do Gabinete Militar, teria informado aos superiores que o convite para o “bico” teria sido feito pelo próprio dono da empresa titular do metal, e que teria indicado mais dois PMs de sua confiança para o serviço, uma vez que o material era muito valioso e precisava ser protegido.

Uma outra empresa de Sobrinho, a D’Gold, já tinha sido alvo de operações contra a lavagem de ouro clandestino por parte da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF), em 2018, que resultaram em bloqueios judiciais de valores que, somados, ultrapassaram R$ 186 milhões. O empresário foi um dos atingidos pelas decisões que sequestraram o dinheiro obtido na atividade aurífera. Com informações da Revista Fórum.

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