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#Bahia: Estado segue no pódio em ranking de mais mortes violentas e advogado alerta falta de investimento em segurança

Segundo Dinoermeson Nascimento, os dados “provam a falta de interesse da gestão pública em não investir em políticas públicas | FOTO: Divulgação |

Diante dos últimos dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública divulgados nesta terça-feira (28) que apontam que das 30 cidades com mais mortes violentas no país, cinco estão na Bahia, o advogado Dinoermeson Nascimento alertou a falta de investimento por parte do governo do Estado para conter a alta da violência. Segundo o levantamento, todos os municípios estão localizados na região Sul do estado e representam 16,7% das localidades com mais mortes violentas do Brasil entre os anos de 2019 e 2021.

O Anuário Brasileiro de Segurança Pública, para rankear as cidades, analisou a taxa de mortes violentas a cada 100 mil habitantes. As cidades da Bahia e suas respectivas taxas são: Aurelino Leal (144,2), Jussari (120,9), Itaju do Colônia (111), Wenceslau Guimarães (103,3) e Santa Cruz Cabrália (102,6). Segundo Dinoermeson Nascimento, que também é vice-presidente da Comissão de Direito Militar da OAB-BA, os dados “provam a falta de interesse da gestão pública em não investir em políticas públicas, a exemplo de educação, além do fomento e da geração de emprego para que as pessoas tenham oportunidades”.

“Trata-se de uma ingerência por parte dos poderes públicos como um todo, cito aqui a não valorização dos operadores daqueles que estão na ponta da Segurança Pública, que são os policiais militares e civis. Se nós observarmos, quando falamos principalmente das polícias civil e militar, verificamos que não existe sequer a reposição dos seus policiais que estão indo para a reserva”, lembrou o criminalista.

O advogado defende a necessidade de valorizar os policiais. “Temos que valorizar o profissional da Segurança Pública, melhorando, além questão salarial, a sua qualidade de vida, dando a esses profissionais, que a meu ver são verdadeiros guerreiros, equipamentos dignos para que possam exercer as suas funções de forma segura”. “Como é que o profissional que irá fornecer a nossa segurança cumprirá o seu ofício com êxito se ele não se sente seguro? Como é que ele terá condições para nos dar segurança se não estão seguros?”, indagou Dinoermeson.

A categoria de mortes violentas diz respeito à soma de vítimas de homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e mortes decorrentes de intervenções policiais em serviço ou fora. A Bahia como um todo registrou 44,9 mortes a cada 100 mil habitantes em 2021 – o que representa um aumento de 0,1 pontos percentuais em relação ao ano anterior. É a maior taxa para o estado desde de 2017, quando foram 45,5 vítimas a cada 100 mil pessoas. Com informações de assessoria.

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