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#Chapada: Garçonete de restaurante em Lençóis diz ser vítima de racismo e agressão física por promoter de estabelecimento

Restaurante demitiu o promoter, mas a situação ganhou o envolvimento de grupo de mulheres | FOTO: Divulgação |

Uma garçonete de um restaurante de Lençóis, identificada como Deliane Lopes da Silva, foi vítima de racismo e agressão física e verbais por um promoter de outro estabelecimento, identificado como David Santos, no último dia 24 de junho.

Deliane conta que ele tem costume de humilhá-la sem nenhum fundamento desde abril, quando ela começou a trabalhar no restaurante em que atua até hoje. Contudo, na última semana, ele a empurrou contra parede, fazendo com que ela registrasse um boletim de ocorrência contra ele.

“Registrei o boletim por não aguentar mais. Você tá trabalhando e é agredida em público perante os turistas da cidade isso te abala muito”, comentou ela em entrevista ao Jornal da Chapada (JC).

“Hoje eu me sinto insegura em trabalhar. Eu não o conheço, não sei nada a respeito. Ao voltar para casa, eu volto sempre tarde, e ligo para o meu esposo me buscar no restaurante por segurança”, relatou.

A ação fez com que um grupo de mulheres do coletivo ‘Juntas Somos Mais Fortes’, no dia seguinte, 25 de junho, mobilizasse uma ação de repúdio em frente ao restaurante onde o promoter trabalha. Elas pediam para que ele fosse demitido e se retirasse da cidade. Após o ocorrido, o promoter foi demitido do estabelecimento.

Mulheres fazem protesto e emitem nota contra os atos racistas | FOTO: Divulgação |

“O que mais choca a cidade é que ele foi secretário de Cultura na gestão passada, ainda que a população de Lençóis seja majoritariamente negra, ele se sentia autorizado a destratar e humilhar pessoas da comunidade, assim como do próprio ambiente de trabalho”, comenta o coletivo.

Outro lado
Em contato com David Santos, ele apenas afirmou ser “fatos inverídicos, de cunho político” e que vem sendo ofendido pelo caso. “Tenho em mãos todas as agressões que venho sofrendo, inclusive a agressão a minha mãe que é idosa e deu entrada no hospital de Seabra por conta de calúnias e difamações. Estou sendo bombardeado com calúnias de cunho homofóbico, agressões verbais e físicas”, disse e logo em seguida bloqueou o contato da equipe do Jornal da Chapada (JC).

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