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#Mundo: Homens negros têm maior incidência de câncer de próstata, revela estudo

Pesquisa mostra que homens com ancestralidade africana têm uma pontuação de risco genético para câncer duas vezes maior do que aqueles de ancestralidade europeia | FOTO: Reprodução/Shutterstock |

Um estudo realizado nos Estados Unidos, em 2020, e publicado no Jama Network comparou a eficácia da vigilância ativa em pacientes de diferentes etnias. O número de afro-americanos que tiveram progressão da doença foi 11% maior do que o de homens brancos que também lidaram com esse problema, durante um período de 7 anos.

De acordo o médico urologista João Brunhara, membro do Comitê Científico do LAL (Instituto Lado a Lado pela Vida) e diretor da Omens, a genética é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de próstata, ou seja, um homem com parentes de primeiro grau com a doença possui mais chances de desenvolvê-la do que aqueles que não têm. Além disso, uma pesquisa mostra que homens com ancestralidade africana têm uma pontuação de risco genético para câncer duas vezes maior do que aqueles de ancestralidade europeia.

O câncer de próstata é o mais comum entre os homens e representa 29% dos diagnósticos da doença no Brasil. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua do IBGE (2019), 56,10% das pessoas no país se declaram negras – 19,2 milhões se assumiram como pretos e 89,7 milhões se declaram pardos e, para o IBGE, negros são a soma de pretos e pardos. Se os homens são 49,2% da população brasileira, temos um universo de dezenas de milhões de homens pretos e pardos que precisam realizar exames para diagnóstico precoce a partir dos 45 anos.

Marlene Oliveira, presidente do Instituto Lado a Lado pela Vida e criadora do Novembro Azul, destaca que, de acordo com uma pesquisa realizada pelo LAL no fim de 2021, a grande maioria dos homens desconhece que a incidência de câncer de próstata em homens negros é maior, somando 86% dos entrevistados, no Brasil, e 93% nos demais países da América Latina (Argentina, México e Colômbia).

O deputado federal e presidente da Comissão Especial de Combate ao Câncer, Weliton Prado, ressalta que é muito importante fortalecer o SUS e tratar o câncer como doença emergencial. A comissão tem atuado em diversos projetos para garantir os recursos para financiamento. Com informações de assessoria.

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