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#Polêmica: Guilherme de Pádua, assassino de Daniella Perez, apoia Bolsonaro e virou pastor batista

Guilherme de Pádua e esposa em ato bolsonarista | FOTO: Reprodução |

O ex-ator Guilherme de Pádua, condenado pelo assassinato de sua colega de elenco Daniella Perez, em 1992, é hoje apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), além de pastor batista.

O ex-ator voltou a ganhar atenção por conta da estreia da minissérie documental “Pacto Brutal”, obra em cinco episódios que conta a história do brutal assassinato.

No início da pandemia, em 2020, quando Bolsonaro convocou seus apoiadores a irem às ruas contra o isolamento social, ele ganhou apoio de Guilherme de Pádua:

“Esses políticos corruptos, esses esquemas de tetas públicas que o pessoal fica só explorando o povo brasileiro, e o dinheiro e as melhorias não chegam na mão do povo, não chegam na vida do povo. Se Deus quiser, o Brasil vai mudar”, escreveu e ex-ator em suas redes.

No mesmo ano, durante as eleições municipais, Pádua tuitou: “quem está decidindo as eleições não são os radicais, nem de direita nem de esquerda. São os moderados, aqueles que querem um Brasil melhor, que querem um Brasil pacificado. Então, seja quem ganhar parece que a chance é maior do Bolsonaro.”

A série Pacto Brutal
A série documental “Pacto Brutal”, que mostra a investigação do assassinato da atriz Daniella Perez, chegou ao catálogo da HBO Max nesta quinta-feira (21). A produção mostra como o crime foi cometido por Guilherme de Pádua, que contracenava com a jovem artista na época.

Os dois capítulos iniciais estrearam na quinta-feira. Os próximos vão subir na plataforma semanalmente.

O primeiro capítulo mostra como a carreira de Daniella, filha da autora Gloria Perez, triunfava na TV ainda tão jovem, ao interpretar Yasmin na novela “Corpo e Alma”, exibida no horário nobre da TV Globo, em 1992. A trama era escrita pela mãe da jovem atriz e contava com grandes nomes da emissora, como Fabio Assunção, Cristiana Oliveira e Eri Johnson, que se tornaram amigos da família.

A personagem de Daniella começou a se aproximar do personagem de Guilherme, o que levou visibilidade para a carreira do ex-ator. A atriz foi assassinada a tesouradas no dia 28 de dezembro de 1992 e seu corpo foi encontrado pela polícia em um matagal na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.

Relatos de familiares e amigos
A série da HBO conta com relatos de familiares e amigos para reconstituir o dia do crime, do momento em que a atriz sai de casa para gravar cenas da novela no estúdio da Tyrion, quando o então marido de Daniella, o ator Raul Gazolla, descobre que a esposa ainda não chegou em casa e conclui que ela desapareceu.

O documentário chega três décadas depois do crime, com aval e participação de Glória Perez e sem dar voz e espaço a Guilherme, e sua então esposa, Paula Thomaz. Os dois foram condenados a 19 anos e seis meses de prisão, mas tiveram suas penas reduzidas para seis anos.

Segundo os idealizadores, “Pacto Brutal” visa corrigir erros midiáticos do passado e honrar a memória de Daniella Perez com a verdade. Redação da Revista Fórum com informações da Folha e do Yahoo.

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