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#Eleições2022: Candidata ao Senado, Tâmara Azevedo visita aldeia de jovem indígena assassinado em Prado

Segundo a Polícia Civil, não há informações sobre a autoria, nem sobre a motivação do crime | FOTO: Divulgação |

Com a presença de agentes da Associação Nacional de Ação Indigienista (Anaí), a candidata do PSOL ao Senado na Bahia, Tâmara Azevedo, esteve no último domingo (24) na ‘Aldeia Alegria Nova’, do jovem pataxó de 14 anos assassinado por pistoleiros no Território Indígena ‘Comexatiba’, na cidade de Prado, sul do estado da Bahia.

A vítima foi identificada como Gustavo Conceição da Silva. Segundo a Polícia Civil, não há informações sobre a autoria, nem sobre a motivação do crime. Contudo, para a candidata, a população local afirmou estar sofrendo com a intimidação dos fazendeiros, principalmente de eucalipto, que tem propriedades em áreas que foram demarcadas pela Fundação Nacional do Índio (Funai) como de direito dos pataxós.

Na ocasião, o grupo ocupava uma fazenda quando foi atacado por homens que chegaram, fortemente armados, em um carro, atirando contra crianças, mulheres e jovens. Gustavo foi atingido na cabeça, chegou a ser socorrido e levado ao Hospital Teixeira de Freitas, mas não resistiu e faleceu. Um outro adolescente, de prenome Pablo, também foi ferido. Não há informações sobre o estado de saúde dele. O caso é investigado pela Delegacia Territorial de Prado.

A gestora pública ressaltou que a política do governo Bolsonaro contribui para o acirramento das disputas por território e para o clima de violência. “Não é possível que essa situação continue dessa forma, que nossos indígenas passem por isso, é um retrocesso enorme no Brasil do governo Bolsonaro, desse desgoverno infeliz que atenta contra a vida do nosso povo”, declarou.

Tâmara visitou também aldeias ‘Córrego da Cassiana’ e ‘Boca da Mata’, que também vivenciam a mesma situação de tensão em áreas que tentam ocupar. Ela ainda relembrou que apesar dos relatos nos últimos anos dos casos na Amazônia, os indígenas da Bahia, em especial na região do litoral sul, estão sendo alvos de ataques pesados que têm resultado em mortes.

“Todos falam da Amazônia, mas não podemos esquecer dos nossos territórios. Gente, vamos nos unir em defesa dos nossos povos originários. Vidas estão indo embora por conta da ganância de posseiros, a mando de pistoleiros, que não cansam de intimidar e matar”, lamentou.

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