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#Chapada: Pavimentação de estrada do Vale do Capão, em Palmeiras, tem investimento de mais de R$ 33 milhões

A via é antiga e tem um acesso precário da estrada de terra | FOTO: Aurélio Nunes/Portal Vale do Capão |

A obra de pavimentação do trecho entre a BA-849, sede de Palmeiras, e o acesso à Caeté-Açu (Vale do Capão), na Chapada Diamantina, tem investimento de mais de R$ 33 milhões. Após a ordem de serviço ter sido autorizada em julho deste ano, a obra com extensão de 19km contará com prazo inicial de um ano para ser finalizada, de acordo com informações da Secretaria de Infraestrutura do Estado (Seinfra).

Asfaltar ou não asfaltar? Enquanto a obra já tem o seu determinado prazo, o assunto ainda divide a população entre essas duas opções. Há quem veja vantagens e quem só relacione o asfaltamento a desvantagens para a comunidade local, que tem cunho turístico e cultural na região chapadeira. O local conta com uma estrada de chão em péssimas condições, com buracos, desnivelamento e falta de manutenção, o que dificulta acesso dos próprios residentes, a economia dos comércios e a chegada de turistas.

Em períodos de chuvas, essa passagem torna-se ainda pior. Para o autor de livro e dono de um canal no YouTube sobre o tema, o ufólogo Paulo Gusmão, 60 anos, o asfalto é algo positivo para a comunidade, contudo, são necessárias medidas para manter a organização do estrado. “Não podemos querer conter o progresso com atraso. Achar que é a estrada de terra, em más condições, vai preservar o Capão é um pensamento fraco”, diz.

Estrada em condições precárias entre a sede do município de Palmeiras até o Vale do Capão | FOTO: Montagem do JC |

Contudo, para o suíço Lars Rellstab, 53 anos, que reside no Capão desde 1933, o asfaltamento “gera especulação imobiliária e tira o encanto do lugar”, diz ele, que é produtor de mel. “A grande questão é que o Vale do Capão não é mais o mesmo”, pontua. Dentre os contras, fatores como problemas com lixo e crescimento desordenado, além de alta valorização dos lotes e imóveis, levando a “especulação imobiliária”, são pontuados por moradores.

O superintendente de Infraestrutura de Transporte da Bahia, Saulo Pontes, afirmou que, dos quilômetros previstos, dois serão de paralelepípedo. De acordo com o técnico, as reservas de cascalho estão dentro do parque e não poderiam ser retiradas, impedindo um uso maior deste material na rodovia. “As questões ambientais estão contempladas. A obra tem um custo mais elevado justamente por se preocupar com todos estes detalhes”, diz. O asfalto deve começar a ser colocado ainda este ano. Jornal da Chapada com informações de Folhapress.

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