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#Brasil: Presidente da Funai pede direito de resposta e nega que tenha sido expulso de evento por indigenista

Marcelo Xavier | FOTO: Divulgação/Funai |

Apesar de ter se retirado da Assembleia Geral do Fundo para o Desenvolvimento dos Povos Indígenas da América Latina e do Coribe (Filac), em julho deste ano, o presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Marcelo Xavier negou, em contato com o Jornal da Chapada (JC), que tenha sido expulso pelo indigenista e ex-funcionário da instituição Ricardo Henrique, como havíamos publicado no dia 25 de julho deste ano.

O evento ocorreu no dia 21 de julho em Madrid, na Espanha. Conforme Xavier, Ricardo teria proferido diversas agressões verbais no evento para ele e foi escolha sua sair voluntariamente do evento “por motivos de segurança e para evitar as ofensas”, reforça. “Somente as autoridades do evento teriam a legitimidade necessária para ordenar a expulsão de quem tivesse presente”, diz o presidente por meio de nota.

Ainda segundo o presidente, Ricardo não havia sido convidado para participar da conferência. “Ricardo Rao praticou atos passíveis de configurar crime contra a honra em desfavor de uma figura pública a serviço do Governo Federal”, diz Marcelo Xavier por meio de nota.

A Funai lamentou os ataques e informou que foram tomadas providências junto à Polícia Judiciária da Espanha. “A Fundação entende que não se constroem políticas públicas na base de ofensas e argumentos destituídos de fundamentos e provas”.

Acusação
Na ocasião do evento, Rao havia afirmado que Marcelo era responsável pela morte do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips, assassinados em junho deste ano.

“Esse homem é responsável pela morte de Bruno Pereira. Esse homem é responsável pela morte de Phillips. Você é um miliciano, bandido. Vai embora mesmo, vai para fora”, gritou Ricardo Fao.

O indigenista trabalhou durante dez anos na Fundação combatendo milícias e grupos organizados que realizam exploração ilegal de madeira, narcotráfico e assassinato de indígenas e ativistas no estado do Maranhão. No dossiê entregue à Câmara Federal, Fao denunciava o envolvimento de policiais com as organizações criminosas da região.

Jornal da Chapada

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