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#Brasil: Foragido, Thiago Brennand elogia Bolsonaro e se diz “politicamente perseguido”; vídeos foram apagados depois da repercussão

Thiago Brennand, que cuspiu em uma mulher em uma academia em São Paulo, fez vídeo e manifestou apoio a Bolsonaro | FOTO: Reprodução |

O empresário Thiago Brennand, foragido acusado de agressão contra uma modelo em uma academia e de crimes sexuais, publicou vídeos nas redes sociais para se defender e aproveitou para elogiar Jair Bolsonaro (PL). Os relatos foram publicados na madrugada de segunda (10) para terça-feira (11), em um canal no YouTube.

Ele fez elogios a si mesmo e à família e afirmou ser perseguido. “Se eu não tivesse as amizades que fiz nessa vida, no Exército bem, estaria no cárcere, não teria albergue político.” Ele ofendeu o procurador-geral de Justiça de São Paulo, Mário Sarrubo, quem chamou de “um dos maiores vagabundos que já conheci na vida”.

Brennand ainda declarou ser apoiador de Jair Bolsonaro: “Se Deus quiser, vamos vencer no segundo turno”, disse. O empresário disse ainda que se afastou da vida política por opção própria.

“Sou branco, conservador, armamentista. Pela família, pela propriedade privada, pela disciplina, pelo respeito ao próximo, pela humildade, por colocar o homem no seu lugar e a mulher também”, afirmou durante o vídeo.

Ele garante ter “várias provas” para provar que é inocente e negou que esteja fugindo da justiça. “Vocês vão pagar por tudo o que perdi aí. Estou absolutamente tranquilo. Não estou fugindo. Vocês mexeram com a pessoa errada.”

Thiago Brennand disse ser vítima de “um grupo de prostitutas”, que teria se organizado para extorqui-lo, “agremiando-se em torno de uma campanha em cima dessa pauta comunista” – que seria o combate à violência contra a mulher.

Mais tarde, os vídeos foram deletados na conta onde tinham sido disponibilizados.

Acusações
O Ministério Público do Estado de São Paulo protocolou uma denúncia contra Thiago Brennand pelas agressões contra a modelo Alliny Gomes, classificadas como “ofensas a integridade corporal” da vítima. Ele teria agredido a mulher após chamar a modelo para sair e ter ouvido uma negativa.

No pedido ainda consta acusação de facilitação de corrupção do filho do empresário, que teria sido induzido pelo pai a praticar atos de injúria e ameaça, segundo o MP.

Outros 10 processos
O empresário Thiago Antonio Brennand Tavares da Silva Fernandes Vieira tem um histórico de delitos e acumula ao menos 10 processos na Justiça.

Nascido e criado em Recife, o homem tem 42 anos e apresenta-se na internet como Thiago Brennand e orgulha-se do sobrenome de uma família tradicional de Pernambuco.

O histórico do empresário, porém, é bem menos nobre. O primeiro caso que se tem registro aconteceu em 2013, durante aula do curso de Direito na Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP).

Thiago foi classificado como “desrespeitoso e agressivo” após se envolver em confusão com uma aluna, tendo jogado o cabelo dela para frente, atirado seu material para longe e a chamado de “pirralhinha malcriada”. Na ocasião, ele também teria mostrado fotos de armas para colegas, sendo uma delas empunhada por uma criança.

Brennand acusado de tatuar mulheres
O Ministério Público apura novas denúncias contra o empresário Thiago Brennand Fernandes Vieira, acusado de diversos crimes ao longo dos últimos anos. As novas investigações são de estupro.

Dez mulheres procuraram a polícia e denunciaram o suspeito por violência sexual, juntando-se a outras que já haviam feito o mesmo. Duas delas acusam Thiago de obrigá-las a tatuar suas iniciais.

Em entrevista à TV Globo no início do mês, uma mulher já havia acusado o empresário pelo mesmo motivo e chegou a mostrar a tatuagem que ele a obrigou a fazer, com as letras “TFV” e um símbolo utilizado como uma espécie de logo próprio pelo rapaz em suas roupas.

Segundo informações do jornal Folha de S.Paulo, os novos casos de estupro teriam ocorrido entre os dois últimos anos em Porto Feliz, interior paulista, onde Thiago tem residência em um condomínio de luxo.

As vítimas seriam mulheres que o empresário conheceu pelas redes sociais ou pessoalmente e que tiveram algum tipo de contato ou relacionamento com ele.

O advogado Marcio Janjacomo explicou ao g1 que, além das denúncias por estupro, pediu que a Promotoria apure os crimes de cárcere privado, maus-tratos e lesão corporal. Com informações do Yahoo Notícias.

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