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#Bahia: Produção industrial baiana registrou queda de 1,3% em setembro

Segundo a equipe de Acompanhamento Conjuntural da SEI, a taxa de 0,3% no sazonal representa uma estabilidade no setor que não ocorreu na comparação com o ano anterior | FOTO: Divulgação/Petrobras |

O varejo baiano registrou variação positiva de 0,3%, no mês de setembro, em relação ao mês imediatamente anterior. Na mesma base de comparação, as vendas do varejo nacional cresceram 1,1%. Em relação a igual mês do ano passado, o setor apresentou na Bahia variação negativa de 2,5%, enquanto a registrada pelo país foi positiva em 3,2%, para o mesmo período de comparação. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), analisados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI).

Segundo a equipe de Acompanhamento Conjuntural da SEI, a taxa de 0,3% no sazonal representa uma estabilidade no setor que não ocorreu na comparação com o ano anterior. A variação negativa em relação a setembro de 2021 se verifica pelo sexto mês consecutivo, sendo a segunda maior queda entre os estados da federação. Fatores como juros elevados resultam no encarecimento das dívidas, comprometendo o estímulo para o consumo. Além disso, a inflação, apesar de relativamente mais controlada no mês de setembro, ainda persiste em grupos específicos. Em relação ao acumulado do ano, a retração nas vendas na Bahia foi de 4,6%.

Ramos de atividade
Por atividade, em setembro de 2022, os dados do comércio varejista do estado baiano, quando comparados aos de setembro de 2021, revelam que quatro dos oito segmentos que compõem o indicador do volume de vendas registraram comportamento positivo. O avanço nas vendas foi verificado nos segmentos de Combustíveis e lubrificantes (15,1%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (7,0%), Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,5%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (0,7%).

Os demais segmentos registraram comportamento negativo, são eles: Móveis e eletrodomésticos (-22,9%), Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-17,4%), Tecidos, vestuário e calçados (-15,3%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-10,4%). No que diz respeito aos subgrupos, verifica-se que as vendas de Móveis e de Eletrodomésticos recuaram em 35,0% e 17,4%, respectivamente. Enquanto Hipermercados e supermercados registrou avanço de 2,9%.

Os segmentos de Móveis e eletrodomésticos, Outros artigos de uso pessoal e doméstico e Tecidos, vestuário e calçados exerceram as maiores influências negativas para o setor. Fatores como juros elevados, encarecimento do crédito e endividamento das famílias foram determinantes para o comportamento dessas atividades.

Por outro lado, o segmento de Combustíveis e lubrificantes contribuiu positivamente. Esse comportamento é atribuído à queda dos preços de combustíveis verificada nos últimos três meses. Já Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, segmento de maior peso para o indicador de volume de vendas do comércio varejista mudou a trajetória de queda registrada nos últimos dois meses.

Comércio varejista ampliado
O comércio varejista ampliado, que inclui o varejo restrito e mais as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção apresentou retração de 10,4% nas vendas, em relação à igual mês do ano anterior. Esse comportamento resultou em taxa negativa de 5,3% no acumulado dos últimos 12 meses.

O segmento Veículos, motos, partes e peças registrou recuou de 27,0% nas vendas em setembro de 2022, em relação à igual mês do ano anterior. Esse resultado negativo se repete pelo sexto mês consecutivo e pode ser atribuído ao encarecimento do crédito e ao efeito estatístico, pois em igual mês do ano passado houve crescimento na atividade de 43,6%. Para a análise dos últimos 12 meses, a taxa foi positiva em 0,6%.

Em relação a Material de construção, as vendas em setembro caíram 7,9%, na comparação com o mesmo mês de 2021. Esse comportamento é influenciado pelo comprometimento da renda do consumidor. No acumulado dos últimos 12 meses, a retração foi de 7,5%. Com informações de assessoria.

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