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#Salvador: Estudantes do colégio Mestre Môa do Katendê desenvolvem vaso para plantas à base de cascas de coco verde

Para Letícia Souza, o produto tem um bom custo-benefício, já que o principal material é a casca do coco, que seria descartada | FOTO: Montagem do JC |

Sandiele de Jesus, de 15 anos e Leticia Souza, de 14, estudantes do nono ano no Colégio Estadual Mestre Môa do Katendê, em Salvador, criaram um vaso para plantas feito a partir da fibra do coco verde. A ideia surgiu após Sandiele observar as sobras do fruto no comércio onde seu pai vende coco.

O projeto, chamado de Cocoxin, fez parte do Programa Ciência na Escola, da Secretaria de Educação da Bahia e foi selecionado para participar da 10ª Feira de Ciências, Empreendedorismo e Inovação da Bahia (FECIBA) em novembro deste ano.

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Para Letícia Souza, o produto tem um bom custo-benefício, já que o principal material é a casca do coco, que seria descartada. O uso da fibra também pode contribuir para a diminuição do uso de plásticos, que tem grande impacto no meio ambiente. O baixo custo de produção e a possibilidade de personalização dos vasos são outros atrativos.

Sandiele diz que o próximo passo será fazer testes para ver a capacidade de retenção de água pelo vaso e a viabilidade a retenção da terra para o desenvolvimento do vegetal que será plantado. As estudantes ainda não têm parcerias para desenvolver o produto e a pesquisa.

Conheça a produção
Segundo as inventoras, a intenção do projeto é acabar com a grande quantidade de cascas que são jogadas fora diariamente, sem um fim útil. Além disso, a produção tem o objetivo de diminuir os resíduos sólidos produzidos pelo descarte inadequado do coco verde, consumido em grande escala na Bahia.

“Tudo começou quando me senti incomodada com a quantidade de cascas jogadas fora diariamente, o que fazia um acúmulo na lixeira e não tinha fim útil. Então, falei com a professora e chegamos à ideia de criar vasos. A partir disso começamos a desenvolver o projeto”.
O primeiro passo na produção dos vasos é quebrar as cascas com um martelo e colocar de molho na água.

Na segunda etapa, as fibras úmidas são separadas e espalhadas para secar. Depois, é preciso fabricar uma cola sustentável usando polvilho, vinagre, água e aquecer no fogo para dar liga.

A cola é combinada com as fibras secas e se transforma em uma massa. Essa mistura é aberta e colocada em moldes de vasos para secar durante duas semanas. Com informações do g1 Bahia.

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