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#Chapada: Cooperativas de cafés especiais de Piatã ganham destaque no Dia Mundial da segunda bebida mais consumida do planeta

Cooperativas de café da Bahia é importante para o desenvolvimento do estado e do país | FOTO: Divulgação |

O café é a segunda bebida mais consumida no mundo, atrás apenas da água. E nesta sexta-feira (14), Dia Mundial do Café, a agricultura familiar baiana mostra seu potencial com uma rede estruturada para a produção de café de alto padrão. A região da Chapada Diamantina, por exemplo, conta com duas organizações que cumprem o papel de concentrar a produção de café: a Cooperativa de Produtores Orgânicos e Biodinâmicos (Cooperbio) e a Cooperativa de Cafés Especiais e Agropecuária de Piatã (Coopiatã).

A Cooperbio está prestes a iniciar o funcionamento da Unidade de Beneficiamento de Café, localizada na comunidade do Churé. Com produtos já comercializados em diversas cidades do país e exportados para outros países, como Portugal, Austrália, Inglaterra e Alemanha, a Cooperbio é referência na produção de café orgânico e biodinâmico.

Já a Coopiatã é outra importante referência para os produtores de café da região. Com seus cafés especiais premiados no Cup Of Excellence Brazil e reconhecidos internacionalmente, a Cooperativa de Cafés Especiais e Agropecuária de Piatã é uma das mais importantes cooperativas de café do país, garantindo a qualidade e a sustentabilidade da produção.

No extremo sul da Bahia, a Cooperativa Agropecuária do Extremo Sul da Bahia (Coopaesb) se destaca na organização das redes produtivas, com quase 290 associados. Com recursos investidos pelo projeto Bahia Produtiva, a cooperativa aumentou a quantidade de produção e melhorou a qualidade do café, reforçando a importância das cooperativas de café da Bahia para o desenvolvimento do estado e do país.

A CAR vem estimulando as organizações produtivas a produzirem o café de forma mais qualificada | FOTO: Divulgação |

Governo baiano
O Governo do Estado, por meio da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), já investiu mais de R$ 31,7 milhões no sistema produtivo do café, nos últimos oito anos. São investimentos que visam apoiar agricultores e agricultoras tanto na base produtiva, por meio da disponibilização de novas tecnologias como despolpamento do fruto, secagem em estufas apropriadas e Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), quanto na estruturação de um parque industrial capaz de armazenar grandes quantidades de produto nas safras e processá-los sem necessidade de terceiros. E para garantir a qualidade dos produtos, os empreendimentos apoiados contam ainda com laboratório de classificação sensorial.

A CAR vem estimulando as organizações produtivas a produzirem o café de forma mais qualificada, e que no pós a colheita, seja tratado com todo o cuidado para se tornar um café de alto padrão, com potencial para disputar em pé de igualdade com qualquer café do mundo. Com isso, a Bahia conta hoje com 17 empreendimentos diretamente apoiados pela CAR, por meio do projeto Bahia Produtiva, localizados nos territórios Sudoeste, Médio Sudoeste, Chapada Diamantina e Extremo Sul e Costa do Descobrimento. Destes, quatro receberam recursos para a estruturação do processamento desses grãos de melhor qualidade.

O diretor-presidente da CAR, Jeandro Ribeiro, ressalta que a Bahia é um importante produtor de café, sendo o terceiro maior produtor de café conilon e quarto maior produtor de café tipo arábica. Ele observa ainda que a agricultura familiar se destaca nessa produção. “Diante deste cenário, entendemos que era importante intensificar os investimentos nesse sistema produtivo vinculado a cooperativas, para que pudéssemos ter bons exemplos, intensificando a produção de café de qualidade, com identificação geográfica (IG), e que possa ofertar a agricultura familiar uma renda digna. São esses belos exemplos que queremos irradiar para todos outros estabelecimentos”.

A Cooperativa Mista de Produção e Comercialização Camponesa (CPC), localizada no Sudoeste, por exemplo, cultiva café de produção sustentável, pelos camponeses do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), com os princípios da agroecologia, respeito às comunidades e à biodiversidade local. Lá, os investimentos foram concentrados na estruturação do beneficiamento primário do café. Antes dos investimentos da CAR, o café era vendido para atravessadores por preço abaixo do mercado, agora será direcionado para a Cooperativa Mista dos Cafeicultores de Barra do Choça e Região (Cooperbac). As informações são de assessoria.

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