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#Brasil: PMs acusados de estupro dentro de viatura já foram homenageados por “bravura” no Rio de Janeiro

Os agentes estão presos preventivamente. | FOTO: Reprodução/Google Street View |

Dois dos quatro policiais militares do 25º BPM, de Saquarema, no Rio de Janeiro, acusados de envolvimento no estupro de uma jovem de 18 anos, já foram homenageados pela Câmara Municipal do município.

Diogo Viana Lourenço e Sanclair Marinho Antunes Corecha receberam a medalha de Bravura Cleyson da Costa Almeida, no dia 4 de abril. A honraria foi criada para prestigiar pessoas que apresentam um comportamento exemplar, atos de coragem e bravura no cumprimento do dever e relevantes serviços prestados à população ou aos Poderes Públicos, conforme a Câmara.

O vereador Abraão da Melgil (DEM-RJ) publicou fotos nas redes sociais entregando as homenagens e chamando os policiais de “heróis” que “arriscam suas vidas em prol dos cidadãos”. A proposta de conceder a honraria foi feita pelo vereador Bebeto Rio Seco (PROS).

A Corregedoria da Polícia Militar (PM) prendeu, preventivamente, quatro agentes suspeitos de envolvimento no estupro. Além de Diogo Viana Lourenço e Sanclair Marinho Antunes Corecha, outros dois foram detidos: Alexsander Moreira de Simas e Gerson Jucá Rolim de Paula.

Conforme contou em seu depoimento, a vítima estava com uma amiga, na última semana, quando foi abordada pelos PMs com a clássica desculpa, utilizada faz décadas para justificar abordagens aleatórias a jovens: suspeita de porte de drogas. Elas, então, foram colocadas dentro da viatura e levadas a uma área de pouco movimento, onde ocorreu o estupro coletivo.

Sem preservativo e com cocaína
A jovem disse, ainda, que o agressor não usou preservativo e ela ouviu de outro policial que “ele não perde essa mania”, deixando a entender que o PM tem essa conduta frequentemente. A vítima relatou, também, que viu o policial que a estuprou usando cocaína dentro da viatura.

O exame de corpo de delito confirmou a existência de “lesão corporal contusa em membros superiores, vulva e vagina”. O documento descreveu “vestígios de violência sexual”, além de hematomas nos braços causados por “ação contundente”, segundo o Extra. As informações são da Revista Fórum.

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