O Paraguai deu uma lição ao Brasil na sexta-feira (5) e mostrou ao vizinho gigante como se age contra a extrema direita fascista dentro de um regime democrático. Paraguayo Cubas, o candidato a presidente do partido ultrarreacionário Cruzada Nacional, que ficou em 3° lugar na disputa, foi preso nesta tarde após não aceitar o resultado da votação e incitar a população a promover um golpe de Estado, nos mesmos moldes do ocorrido no Brasil.
Paraguayo é chamado de ‘Bolsonaro Paraguaio’, já que se inspira na personalidade violenta e autoritária do ex-presidente brasileiro. Ele fazia uma transmissão ao vivo pela internet, na localidade de San Lorenzo, nas proximidades de Assunção, na qual rogava a seus seguidores que fossem às ruas tumultuar o país, quando foi preso pela Polícia Nacional, que cumpria uma ordem de prisão emitida pelo Ministério Público. O órgão acusa o político radical de “perturbação da paz pública” e “incitação à prática de atos criminosos”.
En San Lorenzo frente a un hotel detuvieron a @ParaguayoCubas, no opuso resistencia, tampoco la @policia_py hizo uso de violencia para su detencion, está siendo llevado a la Agrupación Especializada, la orden de detención fue firmada por tres fiscales @SomosGEN @LaNacionPy pic.twitter.com/wuIPmDcX2n
— Joel Corvalán (@CorvalanJoel) May 5, 2023
Santiago Peña, presidente eleito com 42,7% dos votos, venceu o 2° colocado, Efraín Alegre, que obteve 27,5%, por quase 15 pontos de diferença. Paraguayo Cubas só apareceu depois dos dois, com 22,9% da preferência do eleitorado. Alegre chegou a aceitar o resultado e a cumprimentar Peña, mas vendo o circo armado por Cubas resolveu se rebelar também.
Com a mesma desculpa de Bolsonaro no Brasil, alegando fraudes sem qualquer pé na realidade, e com o argumento cínico de que “o povo quer transparência”, Paraguayo Cubas chegou a organizar inúmeros bloqueios e protestos por todo país, mas foi contido em sua sanha golpista e acabou na cadeia. As informações são da Revista Fórum.