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#Polêmica: MC Pipokinha causa indignação ao realizar ‘Dia da Doação Trans’ em vídeo com influencer Belle Belinha

Capa da Distrack de MC Lullu | FOTO: Natan Alcântara |

Parece que MC Pipokinha não cansa de entrar em polêmicas. Depois de postar vídeo em que debocha da renda de professores e compara seus altos cachês com os baixos salários que recebem os profissionais da educação, a artista viu sua agenda de shows sofrer o efeito da sua declaração. A situação levou a MC a fazer um vídeo pedindo desculpas, divulgado em sua rede social.

Mas engana-se quem pensa que Pipokinha pretende se manter longe de polêmicas. A da vez é um vídeo publicado no dia 28 de abril, onde ela e a influencer Belle Belinha, dona do perfil da publicação, aparecem em vídeo onde reúnem peças de roupas para doações, em post descrito como “Dia da Doação Trans”.

A publicação gerou incômodo de diversas pessoas nos comentários e indignação da artista MC Lullu, mulher trans, mineira de Contagem, recém-contratada do selo de diversidade carioca Peneira Musical.

Para Lullu, um dos nomes da nova cena do funk nacional, o que provocou a resposta foi o fato de que, desta vez, Pipokinha tocou na ferida dela ao se dizer pessoa trans, sem levar em conta a discriminação que pessoas trans e travestis sofrem no país que mais mata travestis e transexuais no mundo.

“Confesso que eu vim fazer esse vídeo porque dessa vez ela tocou na minha ferida. Mesmo sabendo que é exatamente isso que elas querem fazendo esse vídeo, eu não posso deixar de falar. No país que mais mata travestis e transexuais no mundo, eu não aceito que venha da própria cena do funk um conteúdo desses.

Fazer o bem ao próximo é muito legal, só que é injusto demais você trocar a caridade por likes. Esse é o caridoso do Instagram, o que depende da miséria do outro pra gerar engajamento. O funk é um fenômeno cultural da periferia legítimo. Eu sou de origem periférica, cresci na periferia de Contagem em Minas Gerais e eu aprendi que a base da cultura de periferia é a humildade.

Travesti não é bagunça, ser trans não é currículum ou opção. Se você curte um funk na humildade, respeita os professores e as pessoas trans da sua quebrada, Pipokinha não te representa. #pipokinhanaorepresentaofunk. As informações são de assessoria.

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