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#Bahia: Cerca de 530 famílias do MST ocupam ruas do município de Itabela e reivindicam suspensão de liminar de despejo

Manifestação aconteceu nesta segunda-feira (29) no extremo sul do estado | FOTO: Divulgação/MST |

Cerca de 530 famílias do Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra (MST), que vivem no acampamento Osmar Azevedo, no município de Itabela, no extremo sul da Bahia, ocuparam as ruas da cidade, na manhã desta segunda-feira (29). O objetivo do grupo é reivindicar a suspensão de uma liminar de despejo.

Segundo o MST, o documento assinado pela juíza Tereza Julia do Nascimento, da Vara dos Feitos de Relações de Consumo, Cível e Comercial de Itabela, foi concedido no dia 15 de fevereiro deste ano, mas até então não havia sido cumprido pela Polícia Militar.

No entanto, conforme os manifestantes, foi agendado para esta segunda, uma reunião para tratar da execução da decisão judicial. Com a mobilização, as famílias acreditam que a juíza vai analisar os pedidos de suspensão de despejo feitos pela Procuradoria Geral do Estado da Bahia (PGE-BA) e pelos acampados.

O objetivo do grupo é reivindicar a suspensão de uma liminar de despejo | FOTO: Divulgação/MST |

O MST informou que a PGE se envolveu no processo devido a “forte indícios de devolutividade de grande parte da Fazenda Conjunto São Jorge”. Os manifestantes afirmam que mais de 400 hectares do imóvel não possuem matrícula registrada no Cartório de Registro de Imóveis e outra parte tem indicativos de ilegalidades nas matrículas.

O g1 entrou em contato com a PGE e com o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) e aguarda posicionamentos do órgão sobre o caso. A reportagem também tenta localizar os proprietários da fazenda.

Além disso, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), através da Câmara de Conciliação Agrária, instaurou um processo administrativo e nos próximos dias poderá analisar a viabilidade da área para criação de um assentamento de reforma agraria.

Ainda segundo o MST, a área não cumpre com a função social, porque “estava praticamente abandonada pelos herdeiros do suposto proprietário quando foi ocupada pelas famílias em fevereiro deste ano”. As informações são do g1/BA.

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