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#Especial: Parque Nacional da Chapada Diamantina fica em destaque na série ‘Turismo e os Biomas do Brasil’

Vegetação Caatinga na região do município de Palmeiras | FOTO: Gleidson Santos/MTur Destinos |

Nesta segunda-feira (5), em que são comemorados o Dia Mundial do Meio Ambiente e os 50 do ‘Dia Mundial do Meio Ambiente e o Ministério do Turismo (MTur)’, o JC vai falar sobre as belezas naturais do Brasil. Encerramos a série “Turismo e os Biomas do Brasil”, com a Caatinga, o bioma semiárido mais biodiverso do mundo e cheio de “Mandacarus ‘fulorando’ na seca”.

A Caatinga ocupa uma área de cerca de 862.818 km², o equivalente a 10,1% do território nacional (IBGE, 2019) e é encontrada nas regiões Nordeste e Sudeste, mais especificamente nos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí, Sergipe e no norte de Minas Gerais. Ela é casa de 27 milhões de pessoas que vivem na Caatinga e dependem de sua biodiversidade para sobreviver.

O bioma é exclusivo do Brasil e os dados mais atuais indicam uma grande riqueza de ambientes e espécie: a Caatinga abriga 4.963 espécies de plantas, sendo que, desse total, 827 espécies (17% do total de espécies que se encontram no bioma) são conhecidas no estado de conservação.

Ao longo dos anos, a Caatinga vem sofrendo intensas interações humanas e 80% de seus ecossistemas originais já foram alterados, principalmente por meio de desmatamentos e queimadas (que começaram por meio da ocupação humana nos tempos do Brasil Colônia). Mesmo com toda essa modificação, o bioma segue presenteando moradores e turistas com a beleza de uma natureza forte e resiliente.

Caatinga é uma palavra que vem do tupi “caa”, que significa mata, e “tinga” que significa branca. Os índios, primeiros habitantes da região, percebiam que na estação seca a maioria das plantas perdia as folhas, prevalecendo no ambiente a aparência clara e esbranquiçada dos troncos das árvores. Porém, uma característica da Caatinga é que no período chuvoso a paisagem deixa de ser esbranquiçada e dá espaço a belos tons de verde.

Por esses e outros motivos a Caatinga é única. Quer ver de perto esse bioma? Confira algumas dicas de destinos:

Morro do Pai Inácio, no município de Palmeiras | FOTO: Reprodução/Guia da Chapada Diamantina |

CHAPADA DIAMANTINA
Visitar o Parque Nacional da Chapada Diamantina (Parna), localizado na Bahia, já é por si só conhecer a imensidão da natureza brasileira, e quando o olhar fica atendo à biodiversidade da Caatinga existente na região, a visita fica ainda mais interessante. Apesar do Parque também abranger os biomas Cerrado e Mata Atlântica, ele também é palco para a Caatinga florescer e mostrar essa parte da natureza que só o Brasil tem.

No Parna, é possível realizar caminhadas, montain bike, banhos de rio, escalada e canoagem. São quase 300 km de trilhas que percorrem campos rupestres, cachoeiras, cavernas e sítios históricos inesquecíveis.

CATIMBAU
O Parque Nacional do Catimbau, em Pernambuco, tem uma beleza de tirar o fôlego. Além da grandiosidade de suas formações geomorfológicas milenares que formam chapadões, cânions e cavernas, ele também possui sítios arqueológicos e pinturas rupestres datadas de 6 mil anos atrás.

Para avistar as belezas naturais, o turista passeia por trilhas de baixo grau de dificuldade, aproveitando, também, a riqueza cultural da região, que conta com uma população que mantém vivas as tradições locais.

SERRA DAS CONFUSÕES
O Piauí presenteia os apaixonados por natureza com a maior reserva do bioma Caatinga. O Parque Nacional Serra das Confusões possui mais de 823 mil hectares na região conhecida como Serra Vermelha. O local também é rico em história e conta o passado da humanidade por meio de sítios arqueológicos, cavernas e rochas. Aliás, as rochas deram nome ao Parque, por conta da confusão provocada pela mudança de cor das pedras conforme a luz do dia.

Quem escolhe visitar o atrativo, vai avistar uma beleza cênica e exótica. A natureza intocada é composta por arbustos, flores, galhos retorcidos e os famosos Mandacarus, um tipo de cacto que pode ser visto pelos visitantes ao longo do passeio.

CANINDÉ DE SÃO FRANCISCO Em Sergipe, observar grandiosas montanhas vermelhas e espécies de aves e répteis é um dos atrativos oferecidos para quem escolhe visitar Canindé de São Francisco. A paisagem do local é tão bonita que já foi palco de gravação de novelas. Para avistar esse cenário único, o visitante faz um passeio aquático realizado em embarcações como catamarã, escuna ou lancha, que percorrem as águas em meio aos paredões de cânions do rio São Francisco.

Aproveite a estadia na região para conhecer o Museu Arqueológico do Xingó, espaço que expõe objetos encontrados em mais de 50 sítios arqueológicos.

TURISMO E OS BIOMAS DO BRASIL
Desde o Dia Internacional da Biodiversidade, celebrado em 22 de maio, o MTur realiza a série “Turismo e os Biomas do Brasil” como uma maneira de exaltar as belezas nacionais e o turismo de natureza.

A série trouxe destinos turísticos que estão ligados aos seis biomas brasileiros – Amazônia, Mata Atlântica, Cerrado, Pampa, Pantanal e Caatinga – com informações e atrativos sobre cada um deles. A iniciativa teve como objetivo ampliar o ecoturismo nacional de forma sustentável e consciente. As informações são do site do governo federal.

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