O Instituto de Desenvolvimento Social pela Música (IDSM), vinculado ao grupo que comanda o Neojiba, foi anunciado como vencedor do edital para gerir a Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba). A decisão foi divulgada no Diário Oficial do Estado nesta quarta-feira (12). O IDSM superou a Associação dos Amigos do Teatro Castro Alves (ATCA) na disputa e assumirá os trabalhos até 2025, com um orçamento de R$ 26 milhões. No entanto, a decisão ainda pode ser contestada.
O atual regente e diretor artístico da Osba, maestro Carlos Prazeres, descartou a possibilidade de continuar na orquestra caso o IDSM vencesse o edital. A decisão traz a expectativa de mudanças na gestão e direção artística da orquestra estadual.
A comissão julgadora do edital, conforme a Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult-BA), avaliou todos os critérios estabelecidos e atribuiu pontuações. A Associação dos Amigos do Teatro Castro Alves não alcançou a nota técnica mínima para avançar no processo seletivo, sendo desclassificada. A ATCA tem um prazo de cinco dias para apresentar recurso.
Apresentando o novo maestro da Osba: Cláudio Cruz
Cláudio Cruz, renomado maestro e violinista, foi escolhido como o novo diretor artístico e regente da Orquestra Sinfônica da Bahia. Nascido na Bahia, filho de João Pereira Cruz, fabricante local de violinos, Cruz iniciou seus estudos musicais com seu pai e teve a oportunidade de aprender com grandes nomes da música. Ele é graduado em filosofia pela Universidade de Franca (Unifran) e atualmente está cursando um doutorado em Música na Universidade Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp).
Ao longo de sua carreira, Cruz conquistou importantes prêmios, incluindo o Grammy Awards, o Prêmio Carlos Gomes, o Prêmio Bravo e o Prêmio APCA, da Associação Paulista de Críticos de Artes. Ele assumiu seu primeiro cargo como Regente e Diretor Musical em 2001, na Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto, e desde então ocupou posições de destaque em várias outras orquestras, como a Orquestra Sinfônica de Campinas, a Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e a Orquestra de Câmara Villa-Lobos. Desde 2012, Cruz atua como regente e diretor musical da Orquestra Sinfônica Jovem do Estado de São Paulo.
Sua aproximação com o Neojiba ocorreu quando ele esteve em Salvador regendo a Osba, alguns anos atrás. Durante sua visita, foi convidado pelo maestro Ricardo Castro para acompanhar um ensaio da Orquestra 2 de Julho. Em 2020, ele foi convidado a reger a orquestra.
Aceitando o convite do IDSM, Cruz planeja realizar um trabalho musical abrangente na Bahia, contemplando diversos repertórios e estilos musicais. Ele tem como objetivo desenvolver parcerias e projetos pedagógicos, ampliando o alcance cultural da orquestra. Cruz foi um dos idealizadores do SIDE (Setor de Integração, Diversidade e Educação) na Orquestra Sinfônica da Bahia, uma iniciativa importante que busca integrar ainda mais a Osba à sociedade, promovendo intercâmbios e trocas de conhecimento. As informações são do Alô Alô Bahia.