O Festival de Jazz do Capão, na Chapada Diamantina, enfrenta desafios para sua realização em 2023, segundo informações nas redes sociais do evento que foram publicadas na última quinta-feira (3).
A edição deste ano depende de recursos financeiros para ser viabilizada e, por enquanto, não há uma data confirmada para o evento. Idealizado por Rowney Scott, o festival tem uma trajetória consolidada desde 2010, com exceção de 2020, quando foi cancelado devido à pandemia.
Em 2021, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a nona edição do festival gerou discussão em âmbito nacional e teve sua captação de recursos via Lei Rouanet vetada. Os organizadores informaram que o projeto do Jazz no Capão foi descartado por conta de sua postura “antifascista” nas redes sociais.
Nesse contexto, o evento foi viabilizado por meio do patrocínio da Fundação Coelho & Oiticica, liderada pelo escritor Paulo Coelho e pela artista plástica Chris Oiticica, que disponibilizou R$ 145 mil, o montante solicitado ao governo federal para o projeto. Além disso, houve recursos provenientes de campanhas colaborativas de financiamento.
No ano seguinte, em 2022, o festival comemorou sua 10ª edição com dois dias de programação musical gratuita em novembro. O evento contou com a participação de oito atrações que se apresentaram no Circo do Capão, localizado no distrito de Palmeiras, região chapadeira.
Além disso, os shows foram transmitidos ao vivo em um telão na praça do Capão, ampliando o alcance e envolvimentos da comunidade com a música e a cultura. Jornal da Chapada com informações do site Alô Alô Bahia.