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#Polêmica: A descoberta da CPMI do Golpe que terminou por enrascar Mauro Cid de vez

Jair Bolsonaro e Mauro Cid durante live | FOTO: Reprodução/Youtube |

O tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), preso desde 3 de maio, agora está enrascado de vez. Um documento obtido pelos deputados e senadores da CPMI do Golpe comprovaria que o militar, acusado de ser o mais fiel dos escudeiros do líder da extrema direita a se envolver nas tramas que tentaram derrubar a democracia brasileira em 8 de janeiro deste ano, estaria agindo para eliminar provas contra ele e o antigo chefe de Estado.

Enviados pela Casa Civil do atual governo aos parlamentares da CPMI, arquivos e registros digitais mostram que Cid tentou por 99 vezes acessar seu e-mail da Presidência da República quando o endereço já estava bloqueado pela atual gestão do PT. As tentativas teriam ocorrido entre os dias 15 e 17 de março, um mês e meio antes da ordem de prisão do STF que o levou para trás das grades, quando os principais ex-integrantes do governo de Jair Bolsonaro já estavam sendo investigados pela selvageria ocorrida na Praça dos Três Poderes nos primeiros dias do ano. O bloqueio ocorreu apenas em 15 de março.

O problema é que, antes de ser bloqueado, o e-mail de Cid teria sido acessado mais de 500 vezes pelo oficial do Exército no ano de 2023, quando Bolsonaro já não era mais presidente. Na prática, não haveria qualquer razão lógica para que a caixa de mensagens de um ajudante de ordens que já não estava mais no cargo no Planalto seguisse sendo acessada.

“Constam registros de validação das credenciais do agente público mencionado na requisição (tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid), realizadas por meio dos servidores de rede que disponibilizam o acesso via internet ao serviço de correio eletrônico”, diz o trecho do documento enviado pela Casa Civil à CPMI do Golpe de 8 de Janeiro ao ser questionada pelos integrantes da comissão sobre eventuais ações do militar que comandava a Ajudância de Ordens da Presidência da República.

O endereço usado por Cid, com o domínio “presidencia.gov.br”, era única e exclusivamente voltado para a gestão das demandas que envolviam seu trabalho durante o governo de Bolsonaro. Como Cid já estava fora da função e Lula já tinha tomado posse havia meses, os deputados e senadores da CPMI acreditam que o oficial estaria acessando essas mensagens para excluir possíveis informações que poderiam ser usadas contra ele e o ex-mandatário. As informações são da Revista Fórum.

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