O caso de um menino de 9 anos que matou outro de 6 ocorreu na tarde da última segunda-feira (15) na cidade de Jacksonville, na Flórida, nos Estados Unidos. Os policiais apuraram no local que o tiro dado pela criança foi de forma acidental. Os dois menores estavam em uma casa sob os cuidados de um adulto.
“Um dos menores conseguiu arranjar uma arma de fogo e fez um único disparo, que acertou a vítima”, afirmou o agente de polícia J.D. Stronko, em coletiva à imprensa. Segundo ele, agora a investigação dos agentes busca entender como a arma de fogo chegou às mãos do menino de 9 anos, já que, neste caso, não há indícios de violência criminosa.
Sem muitas coincidências, um dos estados dos EUA onde há mais facilidade para se obter porte de armas é a Flórida. Devido a normas de proteção de menores, o oficial não conseguiu estabelecer a relação entre as duas crianças envolvidas.
A Lei de Marsy oferece às vítimas de crimes um conjunto de proteções e de direitos, no âmbito estadual para menores que cometem crimes e homicídio. A vítima não resistiu aos ferimentos e foi declarada morta, após chegar ao hospital.
Ao longo do ano já foram registrados 240 disparos involuntários feitos por crianças nos Estados Unidos, de acordo com a Everytown for Gun Safety, ONG que é a favor de uma maior restrição ao uso das armas de fogo no país. Assim, é como se quase uma criança pegasse uma arma de fogo carregada por dia e disparasse em si mesma ou em outra pessoa. Esse episódio se soma aos dados crescentes de mortes de crianças de até 17 anos por armas de fogo.
Dados Wonder dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças considerou os casos de dois anos atrás, indicando que as armas de fogo são a principal causa de morte entre crianças e adolescentes no país, representando em torno de 19% dos homicídios.
Isso supera a quantidade de vítimas de acidentes de carro em 2020. Vale lembrar que, conforme o centro de pesquisa independente KFF, a população estadunidense é uma das únicas a incluir armas nas quatro principais causas de morte na parcela infanto juvenil. Jornal da Chapada com informações da Revista Fórum.