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#Chapada: Pela primeira vez na Fligê, Arnaldo Antunes trouxe versos e notas em Conversa Literária

Apresentação de Arnaldo Antunes reúne grande público na Fligê 2023 | FOTO: Divulgação |

Um palco, um banco, um microfone. Sob as luzes coloridas do palco da Fligê, música e poesia se encontraram para ressoar em uma só voz. Até as pedras milenares que florescem na Chapada Diamantina sentiram a vibração grave do seu timbre maciço. Enquanto isso, o público se debruçava, atento e cativo. Pela primeira vez, Arnaldo Antunes se apresentou no território da Feira Literária de Mucugê.

Conduzida pela jornalista e poeta Bianca Ramoneda, a Conversa Literária “Verbos, fólios e sons” com Arnaldo Antunes, que ocorreu no primeiro dia de atividades da Fligê (17), passou pelas diferentes épocas, expressões artísticas e preocupações que perpassam a sua obra.

A proposta inicial foi a realização de um bate-papo, mas, além disso, Arnaldo Antunes também surpreendeu o público com a apresentação de sucessos musicais de sua carreira. O cantor remontou à fase roqueira dos Titãs, com “O Pulso”, composição de sua autoria que integra o álbum “Õ Blésq Blom” (1989) da banda Titãs, até canções mais recentes, como “Lágrimas no Mar”, que compôs com Vitor Araújo, do álbum homônimo de 2021.

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Alternando entre os diálogos poéticos e as performances musicais, Arnaldo e Bianca contemplaram a pluralidade que caracteriza a trajetória do poeta e músico, composta por momentos tão diversos quanto a anarquia punk dos Titãs, a liberdade estética dos álbuns solo, bossas-novas e sambas, poesia concretista, artes visuais e outras manifestações inclassificáveis.

Bianca Ramoneda, jornalista que conduziu a conversa com Arnaldo, expressou alegria por participar deste momento tão representativo. “É de uma enorme importância trazer um artista da estatura de Arnaldo Antunes para uma cidade acolhedora e humana como Mucugê, aproximando-o do público. Fizemos uma conversa pontuada por música, buscando criar um mosaico a fim de representar a pluralidade de sua obra. Foi uma noite para não se esquecer”.

Sofia Ledo, de 12 anos de idade, também vivenciou a emoção de estar com o artista, que assinou uma cópia do disco de vinil do clássico “Cabeça Dinossauro” (1986) e o livro “As Coisas” (2011) . “Para mim, foi muito importante encontrar com ele aqui, porque desde pequena sou fã de Arnaldo Antunes. O show foi maravilhoso, adorei a sua presença de palco e a forma como ele dança. Foi maravilhoso”, contou.

Em meio à mágica da música e da poesia, Arnaldo Antunes deixou uma marca inesquecível na Fligê, unindo diferentes gerações e inspirando reflexões.

Jornal da Chapada

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