Protagonizando um show de misoginia na CPMI dos Atos Golpistas, onde ataca reiteradamente a relatora, senador Eliziane Gama (PSD-MA), o deputado bolsonarista Marco Feliciano (PL-SP) foi calado após promover novo ataque na comissão nesta quinta-feira (24). Em meio ao embate sobre o requerimento que pede a quebra de sigilo da colega Carla Zambelli (PL-SP), Feliciano deu novo chilique e mandou a deputada Laura Carneiro (PSD-RJ) ficar quietinha.
A parlamentar, no entanto, não deixou barato. Levantou, foi até à frente da sala e com o dedo em riste deu uma lição no deputado. “Aprende a respeitar mulher, cara. Aprende a respeitar mulher e homem também”, disse Laura, batendo na mesa e impedindo Feliciano de interromper e causar balbúrdia na comissão.
O pau cantou agora pouco na #CPMIdoGolpe: a deputada federal Laura Carneiro (PSD-RJ) foi pra cima do deputado Marco Feliciano (PL-SP) dizendo que ele tem de respeitar a comissão e ainda mandou um "vai pra porra" pro bolsonarista.
O vídeo é da @helovillela1 pro @ICLNoticias 💣 pic.twitter.com/ETAEIUxXFP
— William De Lucca (@delucca) August 24, 2023
Chilique
Na terça-feira (22), após dar um chilique em cima da relatora em reunião fechada, Feliciano fez um discurso na Câmara atacando as as mulheres que “se alteram, gritam”. Em um show de machismo e misoginia, Feliciano seguiu dizendo que “debater com mulheres aqui na Casa tá muito difícil. As mulheres se alteram, elas ficam de pé, gritam, apontam o dedo pra gente, e quando a gente tenta fazer alguma coisa, porque nós somos seres-humanos, levantamos a voz também, aí vira tudo contra a gente”.
“A senadora Eliziane Gama não suportou uma fala que eu falei, acabou discutindo, mas, como o espírito cristão fala mais alto, eu como pastor fui, nos acertamos e terminamos em paz, pelo menos por enquanto”, afirmou. O deputado disse ainda que “isso normalmente acontece com parlamentares femininas do lado da esquerda. Elas se alteram, elas gritam, elas levantam a voz, apontam o dedo pra gente e tem hora que a gente não suporta de fato”.
“A gente revida. E quando a gente revida – não deveríamos revidar – quando a gente se altera, aí começa a dizer: ‘isso é misoginia, isso aqui é uma mulher isso, isso, isso’. Acho que isso tinha que parar aqui na Casa, a gente aproveitar e se respeitar seria muito melhor (sic)”, diz Feliciano. Jornal da Chapada com informações da Revista Fórum.