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#Polêmica: Gigante dos eletrodomésticos condenada por demitir funcionária contra Bolsonaro

O ex-presidente da República Jair Bolsonaro | FOTO: Reprodução/Rede Sociais |

Uma funcionária demitida por ser contrária ao apoio dado por uma gigante fabricante de eletrodomésticos ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), durante a campanha eleitoral do ano passado, será indenizada em R$ 50 mil, por decisão judicial. A mulher, que trabalhava na Britânia, disse nas redes sociais à época que estava feliz por ter sido colocada em home-office porque dessa maneira não precisaria usar uma camiseta que fazia alusão ao então candidato de extrema direita que seria derrotado pelo presidente Lula (PT) no segundo turno.

“Para honra e glória do senhor, essa semana estou de home e não ser obrigada a ver esses bando de bosta usando a nova camiseta da empresa hahaha”, escreveu a então empregada no X (antigo Twitter). A empresa alegou que ela havia cometido um “ato lesivo da honra” por “difamar a Britânia”.

O caso ocorreu no Paraná e a primeira condenação por assédio eleitoral já havia acontecido em primeira instância, na 2ª Vara do Trabalho de Curitiba. A Britânia recorreu e então veio uma nova derrota, desta vez na 2ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (TRT-PR). Na decisão assinada pela desembargadora Cláudia Cristina Pereira ficou determinado que a empresa bolsonarista deveria mudar a demissão da antiga empregada para “sem justa causa”, uma vez que a Justiça não aceitou os argumentos que insistiam na necessidade de demiti-la por justa causa.

“Os depoimentos colhidos confirmam que o presidente da reclamada (empresa Britânia), César Buffara, esteve presente em setores da empresa entregando camisetas que remetem à citada campanha e seguimento político, ao mesmo tempo em que fez um discurso relacionado ao assunto, enaltecendo a posição política adotada e criticando a oposição”, diz um trecho da decisão.

Em nota, a empresa de eletrodomésticos disse que “a demissão da funcionária ocorreu em razão de manifestações nas redes sociais em desacordo com o código de ética da empresa” e que “no mais, a Britânia segue a legislação e aplica o previsto em seu código de ética”. As informações são do site Fórum.

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