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#Polêmica: Ex-PM que ensinou a estuprar cadáveres de mulheres “arrega” para o ex-BBB Marcelo Dourado

Lutador de MMA que venceu a 10ª edição do reality show da Globo confrontou Evandro Guedes | FOTO: Reprodução site Fórum |

O ex-PM e fundador do AlfaCon Concursos, uma empresa direcionada a concurseiros que pretendem seguir carreiras policiais, Evandro Guedes, fechou os comentários de seu perfil do Instagram em meio às fortes críticas que vem recebendo devido ao vídeo em que aparece em uma sala de aula “ensinando” seus alunos a cometerem necrofilia – isto é, manter “relações sexuais” com cadáveres.

Guedes, que é amigo do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), entretanto, chegou a responder uma mensagem privada enviada através da rede social pelo personal trainer Marcelo Dourado, que é ex-lutador de MMA e que venceu a 10ª edição do Big Brother Brasil (BBB), da Globo. Dourado, porém, foi bloqueado pelo ex-PM após dizer que gostaria de “conhecê-lo”.

“A justiça vai te pegar, malandro. Não interessa teus seguidores, teu dinheiro. Tu vai cair”, escreveu Dourado ao “professor” da Alfacon, que respondeu: “Vou sim. Vai estudar o (sic) analfabeto”.

Dourado, então, prosseguiu: “Lixo. Abusador. Vai cair a casa. Sempre quis ver a cara de malandro acusador (sic) de cadáver. Tô vendo agora. Além de nojo, o que mais sentir, né? Espero ter o prazer de te conhecer um dia. Vamos ver o que tu tem pra ensinar, sabichão. Abusador. Apologia…”.

Foi após essa mensagem que Evandro Guedes decidiu bloquear Marcelo Dourado na rede social.

Confira:

Entenda o caso
O ex-PM e fundador do AlfaCon Concursos, uma empresa direcionada a concurseiros que pretendem seguir carreiras policiais, Evandro Guedes, fez uma live no Instragram, nesta segunda-feira (4), para tentar se explicar após o vídeo em que aparece ensinando seus alunos a “estuprar” cadáveres de mulheres viralizar nas redes sociais.

Em 2019, Guedes, que é amigo do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), deu uma verdadeira “aula de necrofilia” aos seus alunos e falou com prazer da situação de um cadáver sendo violado para fins libidinosos.

“Imagina, filho, você que é virgem. Ai você passa num concurso de técnico de necropsia de nível médio. Aí você tá lá e vem uma menina do ‘Pânico na TV’ morta. Meu irmão, com aquele rabão e ela enfartou de tanto tomar bomba, enfartou na porta do necrotério. Duas horas da manhã, não tem ninguém. Você bota a mão: ‘uhmmm, quentinha ainda’. O que você vai fazer? Vai deixar esfriar? Meu irmão, eu assumo o fumo de responder pelo crime. Meu irmão, o difícil vai ser você arrumar uns travesseiros porque comer ela de bruços não dá. Tem que botar de quatro. Então, você bota um monte de travesseiros. Bota ela toda torta lá, irmão. Daquele jeito, ela fica meio durinha. Vai assim, e só por Deus, cara. Como vai endurecendo tudo, deve ficar bom demais. E come até a parte da manhã”, dispara o dono do cursinho.

Depois, o “professor” ressalta que abusar sexualmente de cadáveres é crime, mas debocha da suposta reação do pai de uma vítima abusada e praticamente incentiva os alunos a fazerem o ato repugnante, ressaltando que a pena para vilipêndio de cadáver é pequena.

Veja o vídeo:

Diante da viralização do vídeo, Evandro Guedes tentou se explicar mas deu declarações tão repugnantes quanto às de 2019. Ele disse, entre outros absurdos, que se a pessoa está morta, “não é uma mulher”, e que na verdade reproduziu o que chama de “ficção jurídica”.

Amigo de Eduardo Bolsonaro, Evandro Guedes já se vangloriou por violência
Evandro Guedes é amigo da família Bolsonaro. Ele já apareceu em fotos e vídeos ao lado do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e teve seus cursos da AlfaCon divulgados pelo próprio ex-presidente Jair Bolsonaro. Em suas aulas, o “professor” coleciona falas de apologia à violência, se orgulha de episódios em que supostamente teria torturado pessoas e destila racismo e transfobia.

Em 2019, por exemplo, Guedes dava aula quando de repente interrompe uma explicação, totalmente descontrolado, e arremessa o apagador em um aluno. Na sequência, ele humilha o rapaz e o ofende, aparentemente porque ele estava usando o celular na sala.

Dois anos depois, já em 2021, em entrevista a um podcast chamado Cortes do Mike, o policial e professor falou sobre o caso e, fazendo várias piadas, chamou o aluno que o processou pelo arremesso do apagador (segundo ele, outro aluno) de filho da puta e fez ofensas de caráter homofóbico contra o denunciante.

Em 2020, o empresário dono da Alfacon já tinha chocado internautas a contar um caso que teria ocorrido quando ele era policial militar no Rio de Janeiro. O relato dele é recheado de frases racistas e ofensivas.

“O desgraçado do favelado. É isso mesmo, feio para caralho, mijou na latinha de Coca-Cola e mandou, num calor desgraçado 4 e meia da tarde num domingo. Aquela porra bateu nas minhas costas e até hoje eu tenho uma raiva… E a latinha subiu e o xixi veio, chegou a entrar no meu nariz, fiquei todo mijado. Porra, mijo de favelado, a porra dos favelados, a crioulada, todo mundo rindo. O capitão mandou bater em todo mundo. Foi o primeiro ato de execução de maldade e crueldade que eu fiz, puta que pariu. Ali eu descobri que eu gosto de bater nas pessoas, e ponto. É uma coisa que eu gosto de fazer, e tive que me controlar por anos para não dar merda”, disse na ocasião. As informações são do site Fórum.

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