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#Alerta: Com 2 metros de afundamento de solo, lagoa avança de forma contínua sobre área de mina com risco de colapso em Maceió

Avanço da lagoa Mundaú para área de mina da Braskem em 08/12/2023 | FOTO: g1 AL |

Imagens obtidas por drone, nos dias 1º e 8 de dezembro, mostram o avanço contínuo da lagoa Mundaú sobre a área da mina da Braskem com risco de colapso em Maceió. À medida que ocorre o afundamento, o trecho que antes era seco fica cada vez mais encharcado. Desde o dia 30/11 até sexta-feira (8), o solo já cedeu 2,09 metros.

Na primeira imagem, feita dois dias após o alerta emitido pela Defesa Civil, quando o deslocamento de terra havia atingido 1,43 m, era possível ver uma pequena parte do dique úmida, mas ainda fora da água. Já na segunda imagem, desta sexta-feira (8), o pedaço do solo já está inundado.

Avanço da lagoa Mundaú para área de mina da Braskem em 08/12/2023 | FOTO: g1 AL |

Segundo a Defesa Civil de Maceió, o avanço da lagoa é esperado devido ao rebaixamento do solo. O monitoramento é feito diariamente para checar a gravidade da situação.

“Há um avanço, ainda que seja mínimo, da lagoa sobre aquele aterro. Então, a gente faz esses voos diariamente para ver justamente essa mudança entre os dias”, disse o coordenador do Centro Integrado de Monitoramento e Alerta da Defesa Civil de Maceió, Hugo Carvalho.

Mina da Braskem, no bairro do Mutange, em Maceió, está cedendo e fazendo solo afundar gradativamente | FOTO: g1 AL |

De acordo com a Defesa Civil, o peso da água não deve fazer a mina desmoronar, mas pode potencializar o problema.

“Como essa mina é parcialmente na lagoa, então de fato, não seria um agente deflagrador esse avanço. Ele poderia ser um potencializador, porque a gente percebe algumas rachaduras ali ao redor. A gente sabe que o solo, quando a água entra em contato, ele fica mais pesado. Então seria de fato um potencializador de toda a problemática”, afirmou Hugo Carvalho.

O deslocamento de terra na área de mina foi 5,2 centímetros nas últimas 24 horas, com velocidade de 0,23 cm/h. Por precaução, a recomendação é de que a população não deve transitar na área desocupada até uma nova atualização da Defesa Civil, enquanto medidas de controle e monitoramento são aplicadas para reduzir o perigo.

Maceió continua em estado de alerta para o risco de colapso da mina, que pode se romper abruptamente e formar uma imensa cratera ou ocorrer de gradualmente, com deslocamento do solo seguindo de modo lento até atingir a estabilização.

A mina com risco de colapso fica na área do antigo campo do CSA, no bairro do Muntage, e é uma das 35 que a Braskem mantinha na região para extração de sal-gema, minério utilizado na fabricação de soda cáustica e PVC. A empresa afirma que “as áreas de serviço em torno da mina continuam isoladas, e o monitoramento é feito 24 horas por dia”.

Após cinco anos desde que um tremor de terra abriu rachaduras em casas e crateras nas ruas, mais de 14 mil imóveis foram desocupados nos bairros do Mutange, Bebedouro, Pinheiro, Bom Parto e Farol. Afetando cerca de 60 mil pessoas. As informações são do g1.

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