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#Carnaval Carbono Zero: Promovendo sustentabilidade e inclusão social para a Bahia

Carnaval de Salvador | FOTO: Sérgio Pedreira/Ag. Haack |

O Carnaval da Bahia está se transformando em um exemplo de celebração sustentável. Isso porque o Governo do Estado, em conjunto com Secretarias e instituições parceiras, subsidiará uma série de ações voltadas para a preservação ambiental durante o maior evento de rua do mundo. O projeto piloto lançado para este ano é o ‘Carbono Zero’, uma iniciativa que visa identificar o volume de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) na capital baiana e equilibrar essa conta por meio de ações compensatórias.

Liderado pela Secretaria do Meio Ambiente (Sema) e o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), por meio do Programa Bahia Mais Verde Verão, o Carnaval Carbono Zero tem por objetivo conscientizar os/as foliões/ãs sobre os impactos negativos gerados durante os eventos dessa natureza, chamando atenção da sociedade para a temática das mudanças climáticas e da necessidade de compromissos individuais e coletivos.

Dentre as iniciativas do Carnaval Carbono Zero, estão inclusos: o apoio aos catadores de materiais recicláveis, o plantio de espécies vegetais e a elaboração de projetos de recuperação de áreas degradadas, ações essas que buscam promover a sensibilização ambiental e a mitigação dos efeitos climáticos.

O secretário do Meio Ambiente, Eduardo Sodré Martins, destaca a relevância do projeto para o Estado e reforça o comprometimento da Sema por intermédio da capacitação dos servidores que irão trabalhar no carnaval.

“Acredito que essa iniciativa trata-se de um passo significativo em direção a uma celebração mais sustentável e consciente, com zero emissões para a nossa Bahia. Com a implementação desse projeto a gente não só cumpre o nosso papel de buscar soluções sustentáveis para a redução dos impactos ambientais no Estado, como também promove a conscientização sobre as mudanças climáticas. Inclusive, por aqui já mobilizamos e capacitamos toda a equipe que irá trabalhar no carnaval,

fiscalizando a triagem dos materiais recicláveis e ajudando as cooperativas durante o processo. A expectativa é ultrapassar a meta do ano passado, onde foram coletados 450 toneladas de materiais recicláveis, proporcionando melhores condições de trabalho e renda para os catadores e catadoras durante o Carnaval”, sinaliza o titular da pasta.

Projeto Replantar
O volume de emissões identificado pelo projeto Carbono Zero servirá como base para a elaboração de um inventário de Gases de Efeito Estufa (IGEE), um plano de ação elaborado pela Sema e o Inema, o qual deverá estabelecer uma série de ações sustentáveis ao longo do ano para compensar as emissões geradas no Carnaval 2024.

Uma das ações já consideradas é a produção e o plantio de espécies vegetais em todo o Estado, além da elaboração de projetos de recuperação de áreas degradadas, uma vez que os efeitos das mudanças climáticas afetam a todos, independentemente de fronteiras geográficas.

O movimento conta com ações de apoio e conscientização sobre o papel de todos os setores da sociedade em todas as instâncias que compõem o Carnaval de Salvador, como blocos, trios, transportes, camarotes, movimentos festivos e hotelaria. As iniciativas serão acentuadas em Salvador devido ao alto fluxo de foliões e turistas que visitam a cidade para curtir o Carnaval.

Eco Folia Solidária
Outra ação de extrema importância que também busca equilibrar as emissões de GEE durante os festejos, além da sua contribuição social e de geração de renda, é o Eco Folia Solidária – O Trabalho Decente Preserva o Meio Ambiente. O projeto consiste em estruturar pontos de comercialização dos recicláveis, denominados Centrais de Apoio ao Catador, geridas pelas Redes de Cooperativas de Catadores, que compram o material coletado pelos trabalhadores, praticando preços justos e evitando a ação de atravessadores.

Cada central estará equipada com computadores, balanças e prensas, oferecendo condições adequadas para o recebimento dos recicláveis e atendimento aos catadores. Além disso, equipamentos de proteção individual (EPIs), como botas, luvas e protetores auriculares serão fornecidos aos trabalhadores, que também receberão um preço justo pela venda do material recolhido, além de serem instalados 10 ecopontos nos circuitos Mestre Bimba (Nordeste de Amaralina), Osmar (Campo Grande) e Dodô (Barra-Ondina). Além de contribuir para a diminuição de impactos ambientais provocados pelos resíduos, o projeto também permite a estes profissionais uma renda através do recolhimento de plásticos, garrafas PET e latinhas de alumínio, nos dias da folia.

Uma novidade deste ano é a criação de um espaço exclusivo para as mulheres catadoras de materiais recicláveis. Localizado no Vale do Canela, funcionará entre os dias 8 e 14 de fevereiro, das 5h às 11h, oferecendo uma estrutura montada no estacionamento em frente à Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia. O projeto contemplará 16 cooperativas, incluindo a Coopeguary, que reúne 12 cooperativas, além da Cata Bahia, Recicla Bahia, Recicla Conquista e CRG.

A iniciativa é realizada pela Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), com o apoio da Sema, das secretarias de Desenvolvimento Rural (SDR) por meio da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), de Assistência e Desenvolvimento Social (Seades) e de Políticas para as Mulheres (SPM). As informaçoes são de assessoria.

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