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#Chapada: Documentário “Garimpando” estreia em Palmeiras com relatos profundos sobre ascensão do garimpo na região chapadeira

O documentário “Garimpando” estreou nesta quarta-feira (19) em Palmeiras | FOTO: Reprodução |

O documentário “Garimpando” estreou nesta quarta-feira (19) na praça principal de Palmeiras, na Chapada Diamantina. Sob a direção da fotógrafa e cineasta local Géssica Correia, o média-metragem de pouco mais de 30 minutos oferece um retrato profundo sobre a ascensão do garimpo na região, abordando também as consequências dessa atividade sobre a comunidade e o meio ambiente.

O documentário explora a história e as transformações dessa atividade, com relatos autênticos de pessoas que vivenciaram de perto esse período marcante, oferecendo uma perspectiva rica e detalhada sobre o impacto do garimpo na região.

O média-metragem terá exibições programadas para outubro em escolas públicas e em três comunidades rurais de Palmeiras. Os povoados de Lagoa dos Patos, Tejuco e Serra Negra serão os primeiros a receber as sessões. Além disso, o filme ficará disponível por até 24 horas no YouTube, permitindo que um público mais amplo tenha acesso ao conteúdo.

O papel da mulher no garimpo foi um dos temas abordados no documentário | FOTO: Reprodução |

A história da Chapada Diamantina está profundamente entrelaçada com a atividade do garimpo, que, por muitos anos, foi o motor da economia local e parte essencial da identidade da região. No documentário “Garimpando”, essa relação histórica ganha vida através dos depoimentos de pessoas que viveram direta ou indiretamente o impacto do garimpo.

As pedras preciosas, que em tempos passados foram responsáveis por movimentar fortemente a economia local e alimentar o imaginário popular, voltam a ser protagonistas na narrativa do documentário, revelando, por meio de relatos emocionantes, os desafios, as transformações e a herança deixada por essa atividade na Chapada Diamantina.

Palmeiras foi uma cidade que experimentou um período de grande prosperidade e riqueza graças à extração de diamantes. Esse passado glorioso está registrado não apenas nas construções históricas, como os casarões coloniais, as igrejas e as ruas de pedras, mas também na memória daqueles que vivenciaram esse tempo. A cidade é um verdadeiro arquivo vivo, onde a história do garimpo permanece presente tanto na arquitetura quanto nas lembranças imateriais de seus moradores.

Making of do documentário “Garimpando” | FOTO: Reprodução |

Comprometida em preservar a herança cultural de sua cidade natal e valorizar seu patrimônio imaterial, Géssica, de 27 anos, traz à tona detalhes inéditos sobre a vida dos garimpeiros e o impacto do garimpo na formação de Palmeiras. A produção do documentário envolveu uma pesquisa minuciosa, que revelou fotografias e ferramentas da época, além de surpreendentes descobertas ao longo do processo, como o encontro com garimpeiros que ainda residem na cidade. Esses achados enriqueceram ainda mais a narrativa, jogando luz sobre aspectos pouco explorados da história local. “Muita coisa acabei descobrindo durante a construção do doc, por exemplo, não sabia que existiam garimpeiros vivos ainda. Esse povo não pode morrer sem a gente documentar isso”, defendeu.

Este projeto foi selecionado pelos Editais da Paulo Gustavo Bahia e conta com apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia, por meio da Secretaria de Cultura, em conformidade com a Lei Paulo Gustavo, promovida pelo Ministério da Cultura do Governo Federal. A Paulo Gustavo Bahia (PGBA) foi criada com o objetivo de implementar ações emergenciais de apoio ao setor cultural, em cumprimento à Lei Complementar n.º 195, sancionada em 8 de julho de 2022. Jornal da Chapada com informações do portal Alô Alô Bahia.

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