Ícone do site Jornal da Chapada

#Chapada: Morre aos 75 anos Wilson Aragão, cantor e compositor de Piritiba que deixa legado marcante na música nordestina

Wilson Aragão marcou o cenário musical brasileiro com uma obra de referência e importância cultural | FOTO: Reprodução |

O cantor e compositor Wilson Aragão morreu no último sábado (24), aos 75 anos. Natural de Piritiba, na Chapada Diamantina, o artista construiu uma trajetória marcada pela celebração da cultura nordestina e pela defesa da identidade sertaneja por meio de sua música.

Com mais de quatro décadas de carreira, Wilson Aragão ficou conhecido por clássicos como ‘Capim Guiné’, gravada por Raul Seixas e Tânia Alves, além de ‘Guerra de Facão’, que ganhou a voz de artistas como Falcão e Zé Ramalho. Sua obra, marcada por ritmos como xote, martelo e galope, sempre exaltou o homem do campo, seus amores, lutas e tradições.

O artista iniciou sua relação com a música ainda na adolescência, cantando em corais de igreja. Apesar das restrições familiares, começou a compor e, após mudar-se para São Paulo, revelou suas canções para amigos e artistas, ganhando projeção nacional com a gravação de ‘Capim Guiné’ por Raul Seixas.

Figura essencial da música nordestina, Wilson Aragão lançou cinco discos e escreveu o hino oficial de sua cidade natal, que também homenageia sua obra ao batizar a festa de São João como “Arraiá do Capim Guiné”. Seu legado está profundamente ligado à poesia do sertão e à luta por uma música de qualidade, respeitada por gerações de artistas e cantadores.

A causa da morte de Wilson Aragão não foi informada oficialmente, mas o cantor vinha lutando contra um câncer no fígado nos últimos anos. O enterro será realizado em Piritiba, onde sua trajetória e legado permanecerão eternizados como símbolo da cultura e da identidade local.

Jornal da Chapada

Sair da versão mobile