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#Tecnologia: Chip cerebral faz macaco ver até o que não existe, diz Neuralink

Blindsight: chip da Neuralink simula percepção de imagem | FOTO: Divulgação/Neuralink |

Um chip cerebral desenvolvido pela Neuralink, empresa fundada por Elon Musk, fez um macaco enxergar algo que não estava fisicamente diante dele. O objetivo dos desenvolvedores é que, no futuro, a tecnologia devolva a visão a pessoas cegas e até ajude a expandir a visão humana para outras frequências, como o infravermelho.

No teste com o macaco, o implante foi capaz, em 65% das vezes em que foi acionado, de fazer o animal desviar o olhar na direção de algo que os pesquisadores tentavam fazer o cérebro dele visualizar, um ponto onde não havia nada chamando sua atenção.

O experimento foi divulgado na última sexta-feira (13) como um dos grandes sucessos dos testes do implante Blindsight (visão cega, em português). Os resultados dele foram apresentados pelo engenheiro Joseph O’Doherty durante a conferência Neural Interfaces, realizada nos Estados Unidos.

Essa foi a primeira vez que a empresa de Elon Musk compartilhou resultados do Blindsight, mas as informações ainda são limitadas. Não foram respondidas perguntas adicionais sobre seus resultados.

Entraves para uso do chip em cérebro humano

O uso humano do chip ainda depende de uma série de aprovações e de superar barreiras físicas da anatomia humana. Nos testes com animais, os macacos foram escolhidos por possuírem córtex visual mais próximo da superfície cerebral, o que facilita o acesso para implantes. Em humanos, a empresa precisaria usar um robô cirúrgico para alcançar áreas mais profundas e criar estímulos semelhantes como o visto no animal.

No entanto, Musk afirmou em março que o objetivo é iniciar testes em pessoas ainda em 2025. Foi o empresário quem detalhou os planos de criar a visão ampliada como uma das metas de longo prazo para o Blindsight.

Segundo O’Doherty, isso provavelmente funcionaria com a integração do chip a um par de óculos que ajudaria a capturar imagens do ambiente e convertê-las em estímulos neurais compatíveis com o cérebro. As informações são do site Metrópoles.

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