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#Chapada: ‘Operação Krampus’ leva à prisão de dois policiais militares investigados pelo desaparecimento de pessoas em Campo Formoso

A operação foi deflagrada na manhã desta quarta-feira (20) pelo Ministério Público do Estado da Bahia, em conjunto com a Secretaria de Segurança Pública | FOTO: Reprodução |

A ‘Operação Krampus’, deflagrada na manhã desta quarta-feira (20) pelo Ministério Público do Estado da Bahia em conjunto com a Secretaria de Segurança Pública, resultou na prisão de dois policiais militares e no cumprimento de seis mandados de busca e apreensão. Essas ações judiciais, expedidas pela Vara Crime da Comarca de Campo Formoso, foram realizadas nos municípios de Campo Formoso, Senhor do Bonfim e Juazeiro.

Durante a operação, foram realizadas buscas nas residências dos envolvidos, na sede da Cipe Caatinga e na 54ª Companhia Independente da PM, em Campo Formoso, resultando na apreensão de veículos, armas, celulares e outros materiais relacionados às investigações.

A ação foi realizada de forma integrada pelo Ministério Público da Bahia (MPBA), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco) e do Grupo de Segurança Pública (Geosp), e pela Secretaria de Segurança Pública (SSP), com o apoio da Força Correcional Especial Integrada da Corregedoria Geral (Force) e da Corregedoria da Polícia Militar, fortalecendo o trabalho de fiscalização e combate a irregularidades dentro da corporação.

Os policiais militares detidos, um sub-tenente e um sargento, estão lotados, respectivamente, na CIPE – Caatinga e na 54ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) de Campo Formoso. Ambos são investigados pelo desaparecimento de Pedro Segundo Curaçá Chaves e Rafael Pereira da Silva, ocorrido em 18 de outubro de 2024, no povoado de Folha Larga, localizado na zona rural do município de Campo Formoso, fato que gerou grande repercussão e mobilizou as autoridades locais nas investigações.

A investigação, conduzida pela Força Correcional Especial Integrada (Force) e monitorada pelo Geosp, reuniu diversas evidências apontando os policiais militares como responsáveis pelo desaparecimento de Pedro e Rafael. Segundo os relatos, as vítimas foram rendidas por um grupo de pessoas e levadas em dois veículos para um destino desconhecido, permanecendo desaparecidas até o momento.

Entre os elementos levantados, há indícios de que um dos veículos utilizados no crime pertencia à SSP e estava vinculado a uma das unidades em que um dos policiais investigados estava lotado, reforçando a gravidade das acusações e o envolvimento direto dos militares nas circunstâncias do desaparecimento.

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