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#Chapada: Ipirá vibra com a 1ª FLIPIRÁ e celebra três dias de literatura e cultura

Cortejo abre a 1ª FLIPIRÁ em Ipirá | FOTO: Divulgação |

Ipirá viveu um momento histórico entre os dias 24 e 26 de setembro com a realização da 1ª Feira Literária de Ipirá (FLIPIRÁ). O evento, que teve como tema “Literatura, Oralidades e Saberes Ancestrais: palavras que ecoam, raízes que ensinam”, reuniu cerca de 6 mil pessoas em três dias de intensa programação cultural. A cidade registrou ocupação de 100% na rede hoteleira e se transformou em um grande palco de celebração da literatura e da cultura popular.

A abertura contou com o cortejo do grupo A Pombagem, seguido da Orquestra Jovem de Capim Grosso e do projeto Dançar a Vida. Durante a feira, foram realizados oito lançamentos de livros de autores independentes, entre eles Regresso das Horas, de Pedro Sena, GENI, de Pedro Abib, e O Menino de Dentes Amarelos e Outros Contos de Memórias, de Iago Gomes.

A programação também incluiu sete manifestações culturais tradicionais, como capoeira, samba de roda, aboio, xaxado e quadrilhas juninas, além de mais de dez apresentações artísticas e quatro shows musicais, com destaque para Raimundo Sodré e Samba da Praça é Nossa.

Atividades simultâneas

Ao longo dos três dias, o público acompanhou seis rodas de conversa e seis mesas literárias com debates sobre literatura indígena, protagonismo estudantil, arte resistência e literatura negra. Cinco editoras independentes, uma livraria e três livreiros participaram da feira.

Para Ronival Ferreira, proprietário da Atlântica Livraria, a experiência foi marcante. “Foi muito boa! Muitos clientes da cidade e da região nos visitaram e é muito gratificante abrir a cultura para todos, porque a leitura ainda é restrita para alguns. A FLIPIRÁ foi uma grande oportunidade de aproximar ainda mais os leitores dos livros.”

Além das editoras, escolas estaduais e municipais expuseram trabalhos e o evento arrecadou alimentos para o programa Bahia Sem Fome.

Livros para todos os públicos

O secretário de Cultura da Bahia, Bruno Monteiro, destacou que cada evento literário renova a esperança na formação de novos leitores. Sandro Magalhães, diretor da Fundação Pedro Calmon, reforçou que a Bahia apoia mais de 100 feiras literárias como política de valorização da literatura. “São espaços fundamentais de mediação entre escritores e leitores, que fortalecem cidades como Ipirá e marcam a história cultural da região”, disse.

Os curadores, Ruth Nunes e Pedro Sena, avaliaram o saldo da feira como altamente positivo. “Abrimos a FLIPIRÁ de forma muito positiva, com a cidade envolvida em um espetáculo de cores, palavras e encontros”, resumiu Pedro. Ruth destacou a alegria em ver crianças participando ativamente e lembrou que a feira compensou a ausência de uma biblioteca municipal em funcionamento.

Professores e estudantes também celebraram a experiência. O professor Cristiano da Silva ressaltou o impacto da robótica educacional e a estudante Luane Souza se emocionou ao conhecer a escritora Bárbara Carine. “Achei Bárbara Carine inspiradora e adorei a minha experiência na feira de Ipirá, espero voltar mais vezes”, afirmou.

Realizada com apoio do Programa Bahia Literária, da Secretaria de Educação e da Secretaria de Cultura da Bahia, via Fundação Pedro Calmon, a FLIPIRÁ consolidou Ipirá como novo marco cultural do Território da Bacia do Jacuípe e projetou a cidade como potência literária e criativa da Bahia.

Jornal da Chapada

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