O Ministério da Saúde recebeu nesta quinta-feira (9), no Aeroporto de Guarulhos (SP), a primeira remessa do antídoto fomepizol, utilizado no tratamento de intoxicações causadas pela ingestão de metanol — substância tóxica detectada em bebidas alcoólicas adulteradas. O lote contém 2,5 mil unidades do medicamento, sendo 1,5 mil destinadas à distribuição imediata entre os estados.
São Paulo, que concentra o maior número de casos de intoxicação, será o primeiro estado a receber o medicamento, com 288 unidades. O restante será distribuído a outras localidades com registros confirmados, incluindo Pernambuco (68), Paraná (84), Rio de Janeiro (120), Rio Grande do Sul (80), Mato Grosso do Sul (20), Piauí (24), Espírito Santo (28), Goiás (52), Acre (16), Paraíba (28) e Rondônia (16).
No total, a distribuição inicial do fomepizol contempla 27 unidades federativas, com prioridade definida a partir de dados demográficos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Além disso, o Ministério da Saúde manterá mil ampolas do medicamento em estoque estratégico, para atender eventuais novas demandas.
O envio será ampliado a partir desta sexta-feira (10), alcançando todo o território nacional, inclusive estados que ainda não notificaram casos de intoxicação. Segundo a pasta, novas remessas poderão ser solicitadas conforme o surgimento de novos episódios ou aumento do número de ocorrências.
Etanol farmacêutico também será distribuído
Além do fomepizol, o Ministério da Saúde informou que o etanol farmacêutico também é eficaz no tratamento contra o metanol e pode ser administrado por equipes médicas antes mesmo da confirmação laboratorial. O uso, no entanto, requer prescrição e monitoramento médico, não sendo indicado para automedicação.
A pasta ainda anunciou o recebimento de 12 mil ampolas de etanol farmacêutico doadas pela empresa brasileira Cristália Produtos Químicos e Farmacêuticos. As unidades se somarão às 4,3 mil já entregues aos estoques do Sistema Único de Saúde (SUS) por hospitais universitários federais, em parceria com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).
Jornal da Chapada

