O programa Bahia Rural exibiu no último domingo (26) uma reportagem especial sobre o licuri, revelando como esse fruto, conhecido como ‘ouro do sertão’, se tornou alimento e fonte de renda para agricultores e extrativistas da Chapada Diamantina. Endêmico da região, o fruto cresce em diversas áreas e é aproveitado integralmente, da polpa à palha, em práticas sustentáveis que atravessam gerações. A reportagem completa pode ser conferida através do link.
Em Seabra, a matéria acompanhou famílias colhendo os frutos manualmente e transformando-os em alimentos e produtos artesanais. A cobertura evidenciou como o licuri fortalece a economia local e preserva saberes tradicionais transmitidos de geração em geração.
No povoado de João Alves, as palhas do licuri secam ao sol nos quintais e terreiro das casas, tornando-se matéria-prima para utensílios domésticos e peças de artesanato, como vassouras, bolsas, fruteiras, cortinas e lembrancinhas para eventos. O aproveitamento integral do fruto demonstra a criatividade das comunidades, transformando cultura em renda de forma sustentável.
Em Lagoas dos Patos, zona rural de Palmeiras, o licuri também inspira projetos comunitários. Na cozinha coletiva do grupo ‘Guerreiras da Chapada’, o fruto é transformado em canjica, cuscuz, paçoca, sorvete e outros produtos. A líder do grupo, Rosângela Santos, destaca: “O licuri chegou com força. Hoje temos uma grande produção e conseguimos criar produtos que geram renda e fortalecem nossa comunidade”.
O processo de produção vai desde a quebra do fruto para a retirada da casca até a extração do óleo em máquinas apropriadas. Em seguida, são produzidos doces, biscoitos, cocadas e sorvetes. Parte da produção é enviada para capitais como São Paulo e Salvador, incentivando o empreendedorismo e fortalecendo a economia solidária na região, conforme mostrou a matéria.
Palmeiras se destaca como um dos maiores produtores e integra uma rede que reúne extrativistas de Seabra, Iraquara, Abaíra, Piatã e Lençóis, abrangendo 12 comunidades rurais. Parte do licuri colhido chega à Casa de Maria, associação no povoado de Campos de São João, onde entre 200 e 300 kg do fruto são transformados mensalmente em dezenas de derivados, reforçando a relevância econômica e cultural do licuri na Chapada Diamantina. Jornal da Chapada com informações do portal Bahia Rural.

