O município de Serrinha, no território do Sisal, está em destaque nacional. O projeto “Biocimento: da Educação Técnica e Profissional ao Sistema Prisional do Município de Serrinha – BA”, desenvolvido por estudantes do Centro Territorial de Educação Profissional do Sisal (Cetep), está entre os 15 finalistas do Prêmio LED – Luz na Educação, iniciativa da Globo e da Fundação Roberto Marinho, que reconhece práticas inovadoras em educação no Brasil.
A proposta foi criada pelos estudantes Guilherme Chagas Paiva, Felipe Macedo Oliveira, Thiago Santos Ferreira e Maria Eduarda Costa Meireles, com orientação do professor Thales Lima do Nascimento, com o objetivo de reduzir impactos ambientais da construção civil por meio de soluções sustentáveis.
“Ser finalista reforça que estamos no caminho certo: educar para transformar. A Bahia faz ciência, sim, e faz muito bem”, declarou o estudante Thiago Santos.
Segundo o professor Thales, o resultado é a prova de que a educação pública é capaz de transformar realidades: “Nosso projeto é propósito, ciência e compromisso social. Ver esse reconhecimento nacional é indescritível.”
Como funciona o biocimento
O projeto transforma resíduos sólidos como papel e fibras de coco em blocos ecológicos, pavimentos intertravados e outros elementos construtivos de baixo custo. Ao substituir agregados naturais como a areia, a iniciativa promove a economia circular, reduz a exploração de recursos não renováveis e diminui o volume de resíduos destinados a aterros e lixões.
Caminho até a final
Dos 3,2 mil projetos inscritos em todo o país, 80 chegaram às semifinais. Após seleção de jurados, apenas 15 foram escolhidos como finalistas. Em dezembro, eles apresentarão suas iniciativas de forma virtual a um júri especializado.
Em abril de 2026, as seis iniciativas vencedoras serão anunciadas no programa Especial LED – Luz na Educação, na TV Globo. Cada projeto premiado receberá R$ 200 mil e passará a integrar a Comunidade LED.
Jornal da Chapada

