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Chapada: Professores de Lençóis param por tempo indeterminado e repudiam ação de secretário

professores
Os grevistas protestam pela falta de acordo do poder público no cumprimento das obrigações legais | FOTO: Divulgação |

Os profissionais do magistério do município de Lençóis, na Chapada Diamantina, estão parados por tempo indeterminado ou até que o plano de cargos e salários chegue à Câmara Municipal de Vereadores. A paralisação da categoria municipal de Lençóis acontece em sintonia com a paralisação nacional dos professores, reivindicando o cumprimento da lei que estabelece um piso nacional, investimento dos royalties do petróleo na educação, 10% do PIB para educação pública e votação imediata do Plano Nacional de Educação (PNE).

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Em Lençóis, assim como nacionalmente, a luta já vem se arrastando há alguns anos, com os movimentos sindicais dos professores reivindicando melhores condições de trabalho, adequação dos salários, aprovação do plano de carreira e, sobretudo, respeito aos professores. Segundo carta distribuída à população pela APLB Sindicato, esta paralisação acontece por diversos motivos, a exemplo de melhores condições de trabalho e estrutura nas escolas, sendo que algumas funcionam em salas com meia parede e sem refrigeração, e também por causa da falta de alimentação adequada.

Os professores ainda cobram locais para as aulas de atividades físicas, material de trabalho, transporte para locomoção dos docentes para zona rural, falta do “ponto de apoio” do professor, além de falta de profissionais na zona rural e na sede do município. Os grevistas protestam também pela falta de acordo do poder público no cumprimento das obrigações legais, alegando “que o município não paga o piso salarial nacional da educação, de acordo com a Lei 11.738/08, além de não aplicar os recursos do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) em cursos de formação de qualidade, ou complemento do salário dos professores”. De acordo com os grevistas, a prefeitura ainda recolheu o INSS dos professores, mas não repassou, e não aprova o plano de cargos e salário dos professores que se arrasta por 16 anos.

Os professores alegam que durante a caminhada de protesto, o secretário municipal de Educação tentou desqualificar o movimento com ações que foram repudiadas | FOTO: Divulgação |

Professores repudiam secretário
Os professores em greve manifestaram repúdio contra a atitude do secretário de Educação que, segundo eles, em nome da prefeitura de Lençóis, tentou tumultuar a manifestação pacífica dos professores, debochando e divulgando informações mentirosas no carro de som e moto, pagos com dinheiro público.

“O nosso manifesto pacífico tem caráter político educacional e a constituição assegura lutarmos por nossos direitos. Se houve manobra, foi por parte da prefeitura de Lençóis, pois só vai enviar o plano após saber do manifesto da classe dos professores”, diz o manifesto.

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