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Quem sofre de asma, diabetes ou hipertensão tem remédio de graça

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O Farmácia Popular é um complemento ao programa de assistência farmacêutica do Ministério da Saúde | FOTO: Reprodução |

Dona de casa em Embu das Artes (SP), Cleusa Maria Lago, de 59 anos, retira há seis meses o seu remédio de hipertensão inteiramente grátis. O medicamento Maleato de Enalapril está disponível nos estabelecimentos do Aqui Tem Farmácia Popular. Esse benefício contribui para equilibrar as contas da família. “Ajuda para muita gente que não tem condição de comprar. Porque meu marido ganha pouquinho e eu praticamente não trabalho mais. Então, esse dinheiro vai para pagar conta, mesmo. Conta de água, conta de luz, essas coisas assim”, explica Cleusa. Dia 14 de fevereiro, o Ministério da Saúde comemorou três anos do início da ação Saúde Não Tem Preço. Ao todo, são 19,4 milhões de brasileiros beneficiados com medicamentos gratuitos para asma, hipertensão e diabetes em 4.119 cidades com 30.146 farmácias públicas ou privadas que aderiram ao programa.

Considerando que o paciente já comprava medicamentos no Farmácia Popular pagando 10% do preço de mercado, a economia anual para um hipertenso varia de R$ 450 a R$ 820. No caso de um diabético, a economia anual varia de R$ 100 a mais de R$ 1 mil. Em Fortaleza (CE), Lílian de Queiroz costuma pegar o remédio para diabetes do irmão Marcos Flávio (que por causa da diabetes já teve que amputar uma perna). Eles retiram o medicamento Captopril e também a Insulina. “Acho muito bom porque quem pega o remédio é quem precisa. E é muito organizado. Nunca falta medicamento lá na farmácia”, garante Lílian.

Em Recife (PE), uma das beneficiadas é a fisioterapeuta Taciana Alencar, de 32 anos. Ela sofre de asma desde os 10 anos de idade e precisa do medicamento Sulfato de Sabutamol para os momentos de crise. “Você passa muito mal se não tiver a medicação. Não fico sem o remédio porque é bem desagradável”, relata Taciana. Ela conta que antes não sabia das farmácias que distribuíam o remédio e tinha que pagar. Hoje não gasta mais dinheiro. “Não tenho dificuldade nenhuma em conseguir. Tem que ter a receita, você faz um cadastro que é rápido e pronto”, ressalta.

“A ação facilitou o acesso aos medicamentos da população destes locais, que muitas vezes tinham de se locomover até outros municípios para retirar tais itens nos postos de saúde, que só funcionam em horário comercial – perdendo tempo, dinheiro para transporte e às vezes um dia de trabalho. Com o Saúde Não Tem Preço, elas podem recorrer a farmácias particulares perto de casa em horário alternativo ao do seu expediente”, explica o ministro da Saúde, Arthur Chioro.

Para obter os produtos disponíveis no Saúde não Tem Preço, o usuário precisa apresentar CPF, documento com foto e receita médica dentro do prazo de validade. Pessoas com mais de 60 anos ou com dificuldades de locomoção ficam dispensadas da presença física, podendo o medicamento ser retirado com procuração por familiares ou amigos.

Farmácia Popular 

O Saúde Não Tem Preço faz parte do programa Farmácia Popular, criado em 2004 pelo governo federal. O programa oferta medicamentos para problemas de saúde comuns à população, como colesterol, osteoporose, doença de Parkinson, glaucoma, além de contraceptivos e fraldas geriátricas.

Nos últimos três anos, o Ministério da Saúde investiu mais de R$ 3,9 bilhões no programa Farmácia Popular. Foram R$ 774 milhões em 2011, R$ 1,3 bilhão em 2012 e 1,9 bilhão em 2013. O orçamento para 2014 é cerca de R$ 2,6 bilhões. O Farmácia Popular é um complemento ao programa de assistência farmacêutica do Ministério da Saúde, que disponibiliza mais de 800 medicamentos gratuitos aos brasileiros. Extraído do site da Tribuna da Bahia.

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