Na noite da segunda-feira (12), no Hotel Fiesta, em Salvador, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, participou de um ato político do PT. Militantes acompanharam o evento que contou com a presença do governador do estado Jaques Wagner, vice Otto Alencar (PSD), senador Walter Pinheiro, dos deputados federais Nelson Pelegrino (PT-BA), Daniel Almeida (PCdoB), Márcio Marinho (PRB-BA), do pré candidato a vice-governador do estado, deputado federal João Leão entre outros. O evento contou também com a presença de diversos deputados estaduais entre eles, Fátima Nunes, Neuza Cadore, Luiza Maia, Zé Neto, deputado Sargento Isidório entre outros. Diversas lideranças políticas, líderes sindicais também participaram do ato e compuseram a mesa para acompanhar o discurso do ex-presidente Lula.
Com a guerra eminente que será travada nas próximas eleições, o ex-presidente focou nos dois principais prováveis adversários da presidente Dilma Rousseff nas eleições deste ano, afirmando que é o governo federal quem “cuida dos pobres” em Minas Gerais e Pernambuco – Estados que foram, respectivamente, governados por Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). “Ninguém é tolo para acreditar que quem não faz em 500 anos vai fazer agora. É só ver quem são os nossos adversários e ver qual é a política social que eles fizerem nos Estados para ver se não tem o dedinho do governo federal. Quem é que cuida dos pobres em Minas Gerais? Quem é que cuida dos pobres em Pernambuco? É o governo federal”, afirmou Lula.
Sobre os “Choques de Gestão” muito usados pelo tucano Aécio Neves, enquanto governador de Minas Gerais, Lula pontuou. “Eles inventam umas palavras que terminam quando começam e não acontece nada: choque de gestão é a maior balela que eu já vi nesse pais”, disse Lula. “Toda vez que alguém fala em choque de gestão, o resultado é corte de salário e dispensa de trabalhador na maioria dos Estados brasileiros em que os governadores fazem isso”, disse.
Sobre os novos rumos da Bahia e do Brasil com os resultados favoráveis ao PT, Lula comentou: “Eles tem que ter medo mesmo porque mais um mandato da Dilma Rousseff, mais a eleição do Rui Costa, a gente vai consertar mais um pouco este país, mais um pouco esta Bahia, e não vai ter espaço para eles voltarem”, afirmou. O ex-presidente defendeu a atuação de seu governo na aquisição, pela Petrobras, em 2006, da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, negócio sob críticas por suspeita de ter gerado um prejuízo milionário à estatal. “Essa gente que critica o negócio está interessada em fazer caixa de campanha. Quando a gente faz um negócio, ele pode ser ótimo e pode ser ruim. A Petrobras fez um bom negócio porque no momento era interessante. Se teve problema no petróleo, paciência”, afirmou.
O pré-candidato ao governo do estado, Rui Costa, em seu discurso, defendeu os avanços sociais da Bahia e do Brasil com as políticas de incentivo à educação feitas pelo PT. “Quando Lula assumiu a presidência do Brasil, a precariedade de escolas técnicas e universidades públicas eram desanimadoras. A Bahia tinha apenas a UFBA e agora temos seis universidades públicas. Estamos na luta por mais por acreditarmos que é através da educação que podemos mudar o curso de vida das pessoas. Até dezembro, a Bahia terá 30 escolas técnicas e isso, graças ao governo de Wagner”, disse.
O pré-candidato pontuou ainda sobre as dificuldades que passou na infância para conseguir estudar e que hoje, muitos jovens através do Prouni, Fieis e tantos outros incentivos já podem dar um ponta pé na carreira e estudar. “No meu tempo, minha mãe precisava bater na porta de cursinho para pedir uma bolsa de estudo pra mim e hoje, já podemos ver filhos de domesticas, trabalhadores do campo e muita gente simples e humilde entrando na faculdade para estudar e se formar em medicina”, finalizou.