A defesa do vereador Marco Prisco, que liderou o movimento grevista da Polícia Militar (PM) na Bahia, desistiu dos pedidos de habeas corpus impetrados Supremo Tribunal Federal (STF). Prisco alegou motivos de foro íntimo para pedir ao ministro Ricardo Lewandowski, relator dos processos, que não julgue o caso. Marco Prisco foi preso em Salvador, no dia 18 de abril, mas foi transferido para o Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, porque a ordem judicial determinou que ele deve ficar recolhido em instituição prisional federal. Prisco é presidente da Associação de Policiais e Bombeiros e seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra) e vereador pelo PSDB em Salvador. Ele liderou um movimento grevista dos policiais militares da Bahia, que foi encerrado no dia 17 de abril.
A prisão do vereador, no entanto, foi motivada por outra greve, também liderada por ele, em 2012. No ano passado, o Ministério Público Federal na Bahia denunciou Prisco e mais seis pessoas por crimes contra a segurança nacional durante essa paralisação. No dia 3 deste mês, o vereador sofreu um infarto no presídio da Papuda e está internado em um hospital público de Brasília. Por causa desse problema de saúde, os advogados do vereador pediram ao Supremo que ele passe a cumprir prisão domiciliar. Uma junta médica, formada por dois profissionais do setor de saúde do STF, fez um relatório, a pedido de Lewandowski, e concluiu que Prisco “não apresenta, no momento, evidência de cardiopatia que exija tratamento hospitalar ou domiciliar”. Com base na conclusão, na sexta-feira (16), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu que o vereador seja transferido para o presídio federal em Porto Velho, Rondônia. Extraído do Política Livre.