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Chega a 11 número de recapturados após onda de ataques em Amargosa

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Veículos foram incendiados após morte de criança | FOTO: Danilo Cardoso/Arquivo Pessoal |

Onze dos 14 presos libertados em Amargosa durante a revolta que ocorreu na noite da última quarta-feira (16), por causa da morte de um bebê, foram recapturados pela polícia. Trinta motos, 18 carros e um ônibus foram incendiados durante a ação de um grupo de moradores. Segundo o Coordenador do Departamento de Polícia do Interior (Depin), Moisés Damasceno, os homens foi detidos na segunda-feira (21) e foram levados para unidades prisionais da região, já que a delegacia de Amargosa foi incendiada durante os ataques. No sábado (19), a delegada titular da Delegacia de Amargosa, Glória Isabel Santos Ramos, foi exonerada do cargo. Segundo Damasceno, o lugar dela foi assumido pelo delegado Adilson Bezerra de Freitas, que estava na cidade de Castro Alves, recôncavo baiano. Ainda não foi definido o novo local de trabalho da ex-delegada de Amargosa.

O policial civil suspeito de atirar e matar a criança prestou depoimento na Corregedoria da Polícia Civil, em Salvador, na quinta-feira (17). Ele nega ter atirado na criança e a Polícia Civil informa que só a perícia vai poder constatar a origem do disparo. O policial militar que estava com ele durante a ação também foi ouvido pela delegada Andreia Cardoso. Os dois foram liberados após prestarem depoimento.

Versões do crime
O policial civil suspeito do crime informou que perseguia um homicida foragido da Justiça. Ele relatou que, antes, recebeu um telefonema que denunciava a presença do traficante “Bolacha” no bairro Catiara. Segundo a Polícia Civil, a denúncia recebida informava que o traficante estava desmontando uma motocicleta furtada do Fórum da cidade. Ao se dirigir ao local, a equipe policial teria visto o traficante, de prenome Ricardo, acompanhado de dois homens. O policial informou que ele escondia uma arma sob a camisa e reagiu à abordagem atirando.

O policial afirmou que atirou duas vezes em direção ao suspeito em via pública, negando ter disparado dentro da casa da criança ou no quintal. Afirmou que o traficante entrou na casa e que uma mulher já saía de um dos cômodos com uma criança ferida nas mãos. O policial alega ainda que socorreu a criança.

A versão é contrária aos relatos dos familiares e dos moradores, que negaram ter tido troca de tiro, apontando a ocorrência de apenas três disparos. O pai da criança, Luis Carlos Silva, de 22 anos, disse que uma pessoa entrou na casa e um padeiro disse que essa pessoa era ele. Familiares confirmaram que os policiais prestaram socorro, mas depois de insistência. “Eles só deram socorro e levaram minha filha para o hospital porque a população chegou em cima”, disse o pai. Do Portal G1.

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