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José Serra é intimado pela Polícia Federal a depor sobre cartel da CPTM

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Ex-governador e candidato ao Senado terá que explicar suposta influência em licitações de trens, segundo jornal | FOTO: Reprodução |

O ex-governador paulista e candidato ao Senado José Serra (PSDB) foi intimado pela Polícia Federal, para prestar depoimentos sobre os seus contatos com empresa do cartel de trens que atuou no entre 1998 e 2008 no estado. A informação é do jornal “Folha de S. Paulo”. A assessoria do tucano disse à Folha que “estranha a inclusão do nome dele no inquérito às vésperas da eleição”. O depoimento do ex-governador está marcado para o dia 7 de outubro, dois dias após as eleições do primeiro turno.

A Polícia Federal quer saber se Serra, quando governador, atuou a favor das multinacionais Alstom e CAF. Serra e outras 44 pessoas serão ouvidas pela PF, que investiga suspeitas de fraudes em licitações durante o governo do PSDB no estado de São Paulo. Entre os intimados, estão o ex-secretário dos Transportes Metropolitanos José Luiz Portella, o atual presidente da CPTM Mário Bandeira e o ex-presidente do Metrô Sérgio Avelleda.

Segundo o inquérito, três das sete concorrências que estão sob investigação ocorreram entre 2007 e 2010, quando Serra era o governador do estado. Depoimento de um executivo à PF sugere pressão de Serra e de Portella para que a Siemens desistisse de um recurso judicial que prejudicaria a empresa CAF, que apresentou a melhor proposta para uma licitação da CPTM. O inquérito ainda aponta um e-mail, que relata uma conversa do executivo com Serra e Portella durante um congresso na Holanda, em 2008. No documento, o ex-governador sugeria acordos para evitar disputas com a CAF. E que se a licitação seria cancelada se a CAF fosse desqualificada. Uma das saídas apontadas, de acordo com o e-mail, seria dividir o contrato com as duas empresas.

Procurados pela Folha, a assessoria de Serra disse que “o vazamento desse inquérito neste período eleitoral revela motivação política para produzir artificialmente uma notícia”. José Luiz Portella e Sérgio Avelleda não se pronunciaram. E a CPTM afirmou que os dirigentes colaboram com as investigações. Extraído do jornal O Globo.

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