O governador Jaques Wagner (PT) deixou o tom cortês habitual e chamou de “leviana” a declaração do senador Walter Pinheiro (PT) à revista Veja de que as correntes do PT vinculadas à história do mensalão o teriam envolvido no suposto esquema de desvio de verbas denunciado pela presidente do Instituto Brasil, Dalva Sele Paiva. “Ele tem que dizer o nome, quem perseguiu foi fulano, beltrano e sicrano. Generalidade para mim não tem sentido”, afirmou Wagner, revelando irritação, em entrevista ao jornal A Tarde logo após inaugurar o terceiro viaduto do complexo viário Imbuí-Narandiba. O governador disse que, depois das declarações do senador, a situação de Pinheiro no partido ficou delicada, conforme antecipou com exclusividade ao site Política Livre.
“Eu sou contra essa caça às bruxas, mas é óbvio que ficou ruim, porque ele levantou uma lebre genérica. Não gostei da declaração dele, foi infeliz”, acrescentou o governador. O posicionamento de Wagner confirma que a situação de Pinheiro ficou insustentável no PT, como também antecipou o Política Livre. A fala do senador, que já não gozava de boa reputação entre petistas como o próprio Wagner desde o episódio do mensalão, quando ameaçou deixar a legenda, praticamente deixou a todos irritados na legenda por ter desmontado a estratégia da agremiação para classificar as acusações de Dalva Sele de “eleitoreiras”.
Sobre a fala do prefeito ACM Neto (DEM) sobre o caso, no programa eleitoral, Wagner disse que ele e o candidato a governador Paulo Souto não têm autoridade moral para falar com ele sobre ética na política. “Ele (Neto), em vez de se preocupar com o Instituto Brasil tem de perguntar ao candidato dele porque permitiu vender a Ilha do Urubu, o que diz dos R$ 100 milhões superfaturados da obra do emissário submarino (Embasa), de ter entregue 100 terrenos da Sudic para empresários privados, na saída do governo em 2006″. Extraído do Política Livre.