Estão previstos para a primeira semana de dezembro os primeiros anúncios sobre o secretariado do futuro governo do estado. Até lá, o eleito Rui Costa (PT) se dedicará a duas missões. A primeira, já divulgada, é a batalha pelos votos dos baianos na eleição presidencial. A segunda, de foro íntimo, começa após a cruzada em favor da presidente Dilma Rousseff. Seja lá qual for o resultado das urnas, Rui parte em viagem de dez dias com a família. No retorno, vai amarrar nomeações e se dedicar à costura com partidos da base para compor o alto escalão do Palácio de Ondina. Terá que levar em conta, claro, a possibilidade de acomodar no CAB aliados despejados do Planalto, caso Aécio Neves leve a parada.
Com a escalação de Rui Costa em modo de espera por causa da força-tarefa pró-Dilma, ninguém torce tanto pela reeleição da presidente quanto o ex-secretário de Comunicação Social do governo Robinson Almeida. Terceiro suplente da coligação petista na disputa pela Câmara dos Deputados, Almeida virou prioridade de Rui. A pedido do governador Jaques Wagner, ele busca um jeito de colocá-lo no Congresso. A hipótese mais cogitada é dar a Secretaria de Agricultura ao deputado reeleito Josias Gomes (PT) e reconduzir Davidson Magalhães (PCdoB) ao comando da Bahiagás, limpar caminho em Brasília para Almeida e, por efeito, para Fernando Torres (PSD), segundo suplente. Mais uma vez, óbvio, se a eleita for Dilma. Extraído da coluna Satélite, do jornal Correio.