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Bahia: Operação nacional contra crime organizado prende 16 pessoas

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Operação foi realizado nos estados do Nordeste e nas fronteiras do país | FOTO: Alberto Maraux/Ascom/SSP |

Dezesseis pessoas foram presas na Bahia, durante a Operação Brasil Integrado – Ação Nordeste/Fronteira, ação integrada de combate ao crime organizado, gerida pelo Ministério da Justiça e realizada entre os dias 4 e 5 de novembro, nos nove estados da região Nordeste e nos estados que fazem fronteira com outros países. Na Bahia, a Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), Polícia Civil (PC) e Polícia Rodoviária Federal (PRF) trabalharam com o principal objetivo de prevenir e combater o comércio e uso clandestino de explosivos. Em nota, a SSP-BA informou que, durante as ações, foram priorizados pela PRF as rodovias BR-324, BR-030 e BR-242, além dos trechos dos municípios de Simões Filho, Caetité e Seabra. Ainda segundo a SSP, 1.251 pessoas e 760 veículos foram fiscalizados.

Na terça-feira (4), um vaqueiro de 42 anos foi detido no KM 574 da BR-324, trecho de São Sebastião do Passé. oi abordado um veículo que seguia destino à capital baiana. Durante a abordagem, agentes da PRF desconfiaram do comportamento do homem e, após averiguação, encontraram com ele duas caixas de espoletas (cada uma com 500 unidades), 20 munições calibre 32 e 40 caixas de pólvora negra. O suspeito foi encaminhado, com o material apreendido, para a Delegacia de Polícia Judiciária Local.

Outros dois homens foram presos no distrito de Caetité, flagrados armazenando ilegalmente explosivos em gel, em uma residência, na localidade de Brejinho das Ametistas. O Grupo Avançado de Repressão a Crimes Contra Instituições Financeiras (Garcif) já tinha identificado a região como ponto de venda clandestina de artefatos explosivos e, através de investigações, chegou à casa onde ficava guardado parte do material. A dupla alegou trabalhar em um garimpo chamado Casarão. A polícia foi até o local e apreendeu mais emulsões em gel, totalizando 8,4 quilos de explosivos, que, segundo a polícia, deveria ser usado em ataques a caixas eletrônicos no interior.

Operação federal
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse nesta quinta-feira (6) que 436 pessoas foram presas durante a operação Brasil Integrado, ação de combate ao crime organizado realizada em 20 estados. As prisões ocorrerm em dois dias de operação – nesta terça e quarta-feira. Foram mobilizados 20 mil profissionais nos 9 estados do Nordeste e em 11 estados na região de fronteiras do país. A operação conta com o apoio das secretarias de segurança pública estaduais, polícias Militar, Federal, Civil e Rodoviária Federal, Corpo de Bombeiros e Ibama. As equipes fizeram uso da estrutura dos Centros Integrados de Comando e Controle, instalados para a Copa do Mundo, a fim de intensificar o combate à criminalidade.

Além das prisões, as forças de segurança apreenderam cerca de 5 toneladas de drogas, 427 veículos e 1,7 mil unidades de munição. Segundo o Ministério da Justiça, foram recuperados 141 veículos furtados ou roubados e cumpridos 221 mandados de busca, apreensão e prisão. Os centros de controle estão instalados nas 12 cidades-sede da Copa do Mundo. Para o funcionamento desses locais, o governo federal doou equipamentos, e as secretarias estaduais se encarregaram da estrutura física, em uma parceria que poderá se repetir nas demais cidades.

Cardozo afirmou que o governo pretende inaugurar centros de controle em todos os estados do Brasil até 2015. “Assim se rompe uma cultura de isolacionismo, de nao integração, e começamos a produzir na prática, no cotidiano, o modelo utilizado na Copa do Mundo.” Os centros são também usados no acompanhamento de grandes eventos. Cardozo afirmou que recebeu o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Dias Toffoli, que agradeceu a contribuição das forças de segurança durante as eleições. Cardozo também disse que a central de monitoramento será utilizada durante o Exame Nacional de Ensino Médio (Enem), neste fim de semana.

Emenda constitucional
O ministro disse que o governo prepara uma proposta de emenda constitucional para estabelecer diretrizes de egurança pública a ser seguida pelos estados. Pela Constituição, a competência é dos governos estaduais. “O que a presidente Dilma quer é uma politica compartilhada de segurança pública”, afirmou Cardozo, que disse que o governo não poderá entrar em detalhes, mas poderá estabelecer diretrizes de políticas de segurança. “Às vezes se cobra muito papel da União, sem dar instrumentos para a União de fazê-lo.”

Lava Jato
O ministro Cardozo disse que a Polícia Federal investigará os nomes e fatos citados nas delações da Operação Lava Jato que não estejam sob segredo de Justiça. O governo já havia tentado acesso ao conteúdo dos depoimentos sigilosos, mas ele foi negado pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal. Do Portal G1.

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