As taxas de analfabetismo nas zonas rurais da Bahia caíram 2% a mais do que as taxas dos centros urbanos, entre 2007 e 2013, segundo o boletim da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os resultados foram divulgados, ontem, pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI). Os dados de 2014 estarão disponíveis apenas em outubro do próximo ano. No período, as taxas caíram de 12,2% para 10,4% nas zonas rurais, enquanto nas zonas urbanas a queda foi de 32,1% para 28,3%.
Embora as áreas rurais tenham apresentado índices mais altos, a taxa de analfabetismo entre adultos acima de 40 anos foi 30,2% maior do que a taxa das áreas urbanas, em 2013. Nos pequenos municípios do interior, o percentual era de 48,6% de adultos analfabetos, comparados a 18,4% nos grandes centros.
Medidas
O titular da Secretaria da Educação do Estado da Bahia, Oswaldo Barreto, afirma que o alto índice de adultos analfabetos concentrado nas zonas rurais se dá pela falta de acesso à educação básica nos pequenos municípios.”Infelizmente, muitos adultos não tiveram a chance de estudar quando jovens. Temos feito um esforço para mudar este quadro e recuperar essas pessoas, buscando levar o TOPA (programa Todos pela Alfabetização) para o maior número de cidades possível”, afirma.
Armando Castro, diretor de pesquisa da SEI, diz que a pesquisa revela dados positivos sobre a educação na Bahia, e que, junto ao crescente número de alunos matriculados no ensino fundamental, “dificilmente surgirão novos analfabetos”. Do jornal A Tarde.