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CGU vai instaurar processo contra empresas investigadas na Operação Lava Jato

Controlador-geral da União, ministro Jorge Hage  |FOTO: Divulgação|
Controlador-geral da União, ministro Jorge Hage |FOTO: Divulgação|

A Controladoria-Geral da União (CGU) vai instaurar processo administrativo nas empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato, que investiga irregularidades envolvendo a Petrobras e o suposto superfaturamento de contratos para pagamento de propina a parlamentares e partidos políticos.

“Estamos só aguardando completar o compartilhamento de informações, que solicitamos à Polícia Federal. Concluída a análise desses elementos, vamos instaurar processos, muito provavelmente contra várias dessas empresas, senão todas”, disse hoje (18) o controlador-geral da União, ministro Jorge Hage, em entrevista coletiva após participar da Conferência Lei da Empresa Limpa, promovida pela Fundação Getulio Vargas (FGV) na capital paulista.

Na entrevista, Hage descartou a instauração de processo na empresa petrolífera. “A Petrobras é vítima nessa história, tanto de empresas, pessoas físicas, como de agentes públicos dentro dela que se deixaram corromper”, afirmou o controlador-geral.

Ele informou que algumas das empreiteiras brasileiras investigadas na Operação Lava Jato já entraram em contato com a CGU para um possível acordo de leniência, que implicaria ressarcimento do dinheiro desviado. Jorge Hage não revelou, porém, quais são essas empresas, nem quando os contatos foram feitos.

Já a empresa holandesa SBM Offshore, que não tem ligação com a Operação Lava Jato, mas foi denunciada por pagamento de propina a empregados da Petrobras, procurou a Controladoria em busca do acordo. “Estamos em negociação de um possível acordo de leniência”, disse o ministro.

Segundo Hage, as provas contra a SBM Offshore foram colhidas diretamente pela CGU. Embora o processo tenha sido aberto hoje, conforme portaria publicada no Diário Oficial da União, a Controladoria-Geral da União mantém-se aberta a negociações, informou o ministro.

O ministro avaliou positivamente o trabalho desenvolvido pela comissão interna criada na Petrobras criada para apurar denúncias de pagamento de propina envolvendo a SBM Offshore. “A comissão fez o que era possível no prazo que tinha, de 30 dias. Ela não tem o instrumental investigativo que a CGU tem. A comissão fez um trabalho de excelente qualidade, dentro das possibilidades, e nos encaminhou um relatório que serviu como um dos pontos de partida do nosso trabalho, foi muito útil. A Petrobras está colaborando em tudo, com as investigações da CGU.”

Deflagrada em março deste ano pela Polícia Federal, a Operação Lava Jato desmontou um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que, segundo autoridades policiais, movimentou cerca de R$ 10 bilhões. Extraído da Agência Brasil.

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