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Salvador: Busto de Mãe Gilda é inaugurado e vereador condena intolerância religiosa

Busto de Mãe Gilda é inaugurado no Parque Metropolitano do Abaeté em Salvador | FOTO Divulgação|
Busto de Mãe Gilda é inaugurado no Parque Metropolitano do Abaeté em Salvador | FOTO Divulgação|

Considerada como um dos maiores símbolos da luta contra a intolerância religiosa no estado da Bahia, a ialorixá Gildásia dos Santos, popularmente conhecida por Mãe Gilda, ganhou um busto em sua homenagem nesta sexta-feira (28). Presente ao ato inaugural, na Lagoa do Abaeté, bairro de Itapuã, em Salvador, o vereador Luiz Carlos Suíca (PT) voltou a condenar atos de intolerância religiosa praticados contra o povo negro e a cobrar mais políticas públicas para as mulheres. Junto com a filha da homenageada, a ialorixá Jaciara Ribeiro, o edil aponta ainda o simbolismo que o monumento representa para a cidade. “Ele ficará no Parque Metropolitano do Abaeté e com certeza será um marco para os terreiros de candomblé da comunidade. Também representa um momento da arte e cultura do povo negro, que devem ser cada vez mais valorizadas”, salienta o petista ao se referir à artista plástica Márcia Magno, que produziu a escultura de Mãe Gilda.

O vereador de Salvador ainda se referiu à campanha de 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher, que começou no dia 25 de novembro e segue até o dia 10 de dezembro. “Não gosto de lembrar, mas a homenagem feita para Mãe Gilda tem um peso enorme para a sociedade. Ela morreu após sofrer um infarto em decorrência da invasão do seu terreiro e de difamações propagadas por um jornal impresso evangélico, editado pela Igreja Universal do Reino de Deus [Iurd]. Atos de intolerância, que também são atos de violência tiraram a vida desta mulher. Por isso o estado precisa ampliar as políticas de inserção, de empoderamento das mulheres para que fatos como esses possam ser evitados. Também é preciso que essas mulheres ocupem espaços de poder, cargos em setores que ajudem a desenvolver de forma transversal a igualdade de gênero com equidade salarial”, completa Suíca, que ainda lembrou de sua mãe, filha de santo e vendedora de acarajé.

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