O governador eleito da Bahia, Rui Costa, juntamente com mais dois governadores nordestinos, estão articulando o retorno da CPMF, a Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira, afirma reportagem da Folha de S. Paulo. O antigo imposto era cobrado automaticamente a cada transmissão de valores em bancos. Além de Costa, os futuros governadores do Ceará e Piauí, Camilo Santana e Wellington Dias, também devem propor retorno da contribuição. A proposta já ganhou a aprovação da presidente Dilma Rousseff, e será apresentada aos outros novos governadores nordestinos durante um encontro no dia 9 de dezembro, na Paraíba.
A ideia é de que a mobilização pelo retorno da CPMF, conhecida como imposto do cheque, comece no Nordeste. O imposto estaria sendo articulado com o objetivo de ampliar recursos para a Saúde do país. “Queremos partir do Nordeste para outros Estados. Temos que ter a responsabilidade e a coragem de defender a CPMF”, disse Camilo Santana, governador eleito do Ceará, à Folha de S. Paulo. Entre os defensores da CPMF está o chefe da Casa Civil, Aloizio Mercandante, e o secretário de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini. Ricardo Coutinho (PSB), governador da Paraíba, defende uma maior ida de recursos para a Saúde. “Estamos sufocados”, comentou.
Há defensores do impostos até em partidos da oposição. Entre eles está José Serra e Antonio Anastasia, do PSDB. Criado no governo Itamar Franco, em 1993, o CPMF tinha alíquita de 0,38% e durou até 2007. Durante a disputa presidencial de 2014, o PT acusou Marina Silva, candidata do PSB), de mentir sobre sua posição sobre o imposto. Ela disse ter votado a favor da prorrogação da contribuição, mas foi contra. Extraído do Correio*.